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Residências Artísticas

Lisboa, Portugal.

Andresa Soares

Torres Novas, Portugal, 1985.

David Marques

Brasil.

Dougie Knight

Faro, Portugal. 

Miguel Santos

Lisboa, Portugal. 1981.

Piny

Coimbra, 1994.

Beatriz Garrucho

Cabo Delgado, Moçambique.

Martins Tuvanji

Lisboa, Portugal, 1976.

Rafael Alvarez

1974

Yola Pinto

Lisboa, Portugal, 1979.

Simão Costa

Lisboa, 2019.

Apneia Colectiva

Portugal.

Daniela Andana

Noruega.

Siri Dybwik

Portugal, 2007.

CiM - Companhia de Dança

Paris, 1972.

Ana Rita Barata

Lagos, Portugal, 1996.

Daniel Matos

Minas Gerais, Brasil, 1990.

Gaya de Medeiros

Póvoa de Santarém, Portugal, 1989.

João dos Santos Martins

Rio Branco - Acre, Brasil, 1981.

Izabel Nejur

Minas Gerais, Brasil.

Ituiutaba, Minas Gerais.

Luan Okun

Itália.

Suh Pat

Este programa de apoio à criação artística independente acolhe criadores(as) na área da dança e noutras áreas de cruzamento artístico, a nível nacional e internacional, por um período máximo de duas semanas. 

As candidaturas são recebidas em contínuo e as residências são integradas na agenda dos Estúdios por ordem de chegada das respetivas propostas. Desde a sua génese, os EVC são um espaço de coabitação de múltiplas linguagens, respondendo em proporção direta às necessidades da comunidade artística.

«Mãe, Mater, aquela que gera. É das palavras mais conhecidas e antigas do mundo, mas que peso carrega esta palavra?

Uma casa, um corpo, uma mulher, uma mãe. 

Quantas vidas cabem dentro de um corpo, quantas identidades pode ter uma mãe? 

Partindo das gravuras de Louise Bourgeois, como a Femme Maison, surgem questões sobre a identidade e qual o papel da mãe, mulher no séc. XXI.»

##### Direção e coreografia, intepretação, edição musical e sonoplastia a cargo de Daniela Andana.


Home.M ⎯ Daniela Andana

_Mono-no-aware_ (物の哀れ), o «pathos das coisas», termo japonês dificilmente traduzível por «uma empatia para com as coisas» ou «uma sensibilidade especial sobre as coisas efémeras», está relacionado com a consciência e celebração da inevitável transitoriedade das coisas, assim como uma leve tristeza ou melancolia inerente ao estado de mudança, transformação e efemeridade presente na realidade e na vida quotidiana, manifestando-se também como uma expressão emocional em relação à natureza, uma forma de antecipação nostálgica da impermanência do tempo presente e do derradeiro paradoxo da vida (morte vivida) que é a sua finitude. Na literatura clássica e poesia japonesa, refere-se ao ideal estético do _mono no aware_, que implica uma sensibilidade particular de consciência e capacidade de resposta para alguma coisa, um objeto inanimado ou mesmo um ser vivo, ou uma resposta emocional sobre uma pessoa.

O projeto coreográfico interpela e convoca diferentes materiais imagéticos e poéticos, partindo deste lugar de memória e evocação, e simultaneamente de aceitação e contemplação do tempo presente e da sua transitoriedade, propondo pôr em prática um verdadeiro «laboratório criativo de coisas efêmeras», corporalizando e indagando este estado _mono no aware_. Um corpo nostálgico que se desequilibra entre dois filtros temporais e duas realidades, o passado, o presente e uma ideia de futuro. Corpos, lugares e espaços que funcionam em condições não hegemónicas são os espaços das alteridades, que não estão nem aqui nem lá, que são simultaneamente físicos e mentais. Espaços e corpos que sobrevivem fora das condições não hegemónicas. Corpo(s) da alteridade para lá do espelho da realidade.

_As imagens morrem em palco e são levadas para fora dele?_

_Se um corpo não se dissolvesse, não desaparecesse como nevoeiro, as coisas perderiam o poder de nos mover?_

##### FICHA ARTÍSTICA

##### Direção Artística, Coreografia e Realização Plástica | Rafael Alvarez
##### Cocriação e Interpretação | Mariana Tengner Barros, Noeli Kikuchi e Rafael Alvarez
##### Desenho de Luz e Direção Técnica | Nuno Patinho
##### Fotografia | Elisabeth Vieira Alvarez
##### Design Gráfico | Paulo Guerreiro
##### Produção e Difusão | BODYBUILDERS / Rafael Alvarez
##### Coprodução | Festival Transborda / Casa da Dança - Almada, Festival Citemor, Teatro das Figuras/Teatro Municipal de Faro, FMK International Dance Festival (Laos)
##### Apoio à Criação | Fundação GDA
##### Apoio à Internacionalização | Républica Portuguesa - Cultura/Direcção-Geral das Artes


Mono-no-aware ― Rafael Alvarez

Como ponto de partida e inspiração desta nova criação da CiM, surge a forte poesia cantada por José Mário Branco, na música _A Noite_, onde levanta questões de fundo, de um estado de alma, que para conseguir responder é preciso humanamente entrar num ponto comum, onde a agitação e a instabilidade produzem uma mudança.

Nesta nova criação, pretende-se repensar as posições de cada intérprete, alterar as narrativas e emancipar o choque e o confronto consigo e com todos. A revolução humana é, no seu sentido mais capital, o primeiro elemento catalisador de uma mudança, capaz de incitar reações e conjunturas altamente refletoras do comportamento humano e coletivo. A natureza de cada um de nós, impregna na sociedade um sentimento de transição.

_Rh_, título provisório da peça que evoca momentos de reação humana, procura o espaço etéreo da causalidade, onde a mudança é determinada no positivo vs. negativo, a causa e o efeito, o ser molecular e o ser coletivo. _Rh_ está ao alcance de qualquer pessoa, procura uma ordem natural nos eventos, mesmo quando estoirados de Rh – revolução humana.



##### FICHA TÉCNICA

##### Direção Artística | Ana Rita Barata, Pedro Sena Nunes
##### Coreografia | Ana Rita Barata
##### Bailarinos | (a confirmar)
##### Dramaturgia | (a confirmar)
##### Música Original | José Mário Branco
##### Figurinos | Mafalda Estácio
##### Realização | Pedro Sena Nunes
##### Edição | João Dias
##### Fotografia | João Pedro Rodrigues
##### Desenho de Luz | (a confirmar)
##### Produção e Comunicação | Inês Baptista, Miguel Loureiro
##### Coordenação executiva CiM | Célia Carmona
##### Direção executiva CiM | A. Barata
##### Apoio à Criação | Espaço Rural de Artes, Pro.Dança
##### Apoios | Associação Paralisia Cerebral de Lisboa, CRPCCG – Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral, Calouste Gulbenkian – SCML

Rh ― CiM

_Borte_ é uma performance poética para crianças dos 4 aos 5 anos e para os adultos que os acompanham. Num universo de pássaros vermelhos, o conjunto abre-se a um questionamento filosófico sobre o que se perde e nunca mais volta, narrado através da dança, da música, da animação e do texto.

Borte ⎯ Siri Dybwik

Um espetáculo de dança, com músicos ao vivo, que vive da alteridade entre a presença dos corpos e as
suas imagens projetadas em tempo real e diferido. Um espectro caleidoscópico de realidades, desdobra a própria imagem e presença do corpo em múltiplos lugares, numa analogia que toca os desafios do Corpo _virtual.polifónico.multireferencial_, que todos nós temos vindo a experienciar cada vez mais.

Em parceria com o videasta João Catarino, Yola Pinto e Simão Costa convidam vários artistas a partilhar o palco, transformado num espaço heterotópico comum.

Procura contrapor a hipótese de um corpo como receptáculo e/ou meio de transporte de um intelecto com uma ideia multidimensional desse corpo inserido num sistema de vários reflexos, seguindo várias escolhas de (co) ordenação.

Aqui, a linguagem verbal, premissa basilar que permite catalogar uma visão unívoca e mensurável do mundo, dá espaço a outras formas de percepção e experiência do real circundante, para falar do inefável poder do que está para além das palavras.

Cruza inspirações das mais recentes pesquisas em neurociências (nomeadamente da literatura científica do neurocirurgião português, António Damásio), transduzidas para o modus operandis coreográfico e musical, assim como da filosofia, como é disso exemplo Frederico Campagna (in _Da Técnica à Magia_).


##### ―
##### 
##### Ficha Técnica
##### Direção artística | Yola Pinto e Simão Costa
##### Piano, eletrónica, composição sonora | Simão Costa
##### Coreografia, dramaturgia | Yola Pinto 
##### Vídeo | João Catarino
##### Assistência de criação e técnico de som | Artur Pispalhas
##### Interpretação dança | Miguel Santos
##### Bateria | Marco Santos
##### Dispositivo cénico | Sara Franqueira
##### Direção técnica e desenho de luz | Cristóvão Cunha
##### Produção executiva | YPSC_transduction
##### Apoio administrativo | MãoSimMão – associação cultural
##### Coprodução | MUDAS_Museu de Arte Contemporânea da Madeira, Cineteatro Louletano, Teatro Municipal de Bragança
##### Residências artísticas | Estúdios Vitor Cordon, Teatro Aveirense, CEA - Centro de Experimentação Artística
##### Apoio | DGArtes

O meu corpo não é só uma instância ― Yola Pinto & Simão Costa

Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix, Ónix.

[instalação - performance - ocupação onírico|política do espaço]

_Será que vivemos a falência da utopia ou uma reformulação de distopias anteriormente (mal)sonhadas? Se há uma dimensão temporal é porque só se realiza na vivência, transformando o tempo abstrato na duração real, sendo a harmonia e paragem da vertigem um inimigo da produção capitalista. Podemos sonhar e isso ser realidade concreta?_

_Como se o corpo não fosse fronteira, como se a história não fosse cheia de ausências, com a certeza de que a imaginação é absolutamente essencial. A ancestralidade de um futuro presente. A força pode mesmo estar na capacidade de imaginar. É para questionar mesmo. É poético. E tem prazer. Há confronto, o conforto não sei._ Piny


##### Ficha técnica

##### Criação | Piny
##### Performers | Piny, Violet Scrap, Adrielle Mendes
##### Sonoplastia | Carincur
##### DJ | Leo Soulflow
##### Apoio dramatúrgico | Teresa Coutinho
##### Apoio ao texto | Teresa Coutinho e Chullage
##### Olhares externos / aconselhamento | Patrícia Portela, Rita Diamond, Pedro Coquenão, outres convidades
##### Cenografia e montagem de espaço | a definir
##### Figurinos | a definir
##### Desenho de luz | a definir
##### Aconselhamento sobre perceção da cor e instalação | a confirmar
##### Produção | Produção d’Fusão | Filipe Metelo e Patrícia Soares

ÓNYX

_KRUMP Session_ mergulha nas raízes do movimento KRUMP, que tem origem nas comunidades negras e latinas de Los Angeles (EUA) dos finais dos anos 1990. Nascido como resposta às adversidades enfrentadas nessas comunidades, como a guerra entre gangues e a opressão policial, o estilo KRUMP tornou-se uma forma de abstração da realidade, uma celebração da vida e uma expressão de resistência face ao contexto sociopolítico marcado pelo racismo e a discriminação económica. Assim, a necessidade de expressão artística como meio de resistência é central na história do KRUMP.

Em Portugal, este movimento encontrou um lugar próprio nos anos 2006/2007, através de sessões clandestinas em locais como a Gare do Oriente (Lisboa). Apesar do caráter discreto perante o grande público devido à natureza expressiva e energética do movimento, as sessões mantiveram-se ao longo dos anos, preservando a cultura do KRUMP.

A peça _KRUMP Session_, a ser ensaiada nos EVC e apresentada no final de janeiro no Teatro do Bairro Alto (TBA), tem como objetivo homenagear _krumpers_ nacionais de diferentes gerações, trazendo para o palco um estilo que geralmente permanece fora dos espaços institucionais. A peça propõe uma experiência ritualística de libertação, aceitação e resistência, oferecendo uma plataforma para a expressão artística genuína e crua. Pretende-se criar um ambiente de apoio mútuo e partilha, desafiando estigmas e proporcionando um vislumbre autêntico da cultura KRUMP.

######Ficha técnica

######Autoria | Dougie Knight
######Direção artística, coreografia e interpretação | Dougie Knight
######Coreografia, interpretação e _host_ |Carlos Zagalo aka BIG Z
######Assistência de direção artística e apoio à produção | Lúcia Afonso
######Dj | Morf
######Desenho de luz | Pedro Guimarães
######Vídeo |Pedro Jafuno
######Fotografia | Pedro Jafuno
######Interpretação | Aires Lion, Julien Wrestler, Nádia P. Futur, Inês Martins, Jéssica Costa, Inês Bernardo, Maria Ribeiro, Hélio Sango KAÔ, Vagner Beef, Emerson West, Stevan Bright, Gonçalo Carrapiço Boy KAÔ, Gilberto KAÔ Ujima e Maria Costa Lady KAÔ
######Artistas convocados para residência artística nos EVC | Dougie Knight, Carlos Zagalo, Inês Martins, Jéssica Costa, Inês Bernardo, Maria Ribeiro.
######Produção | MOSJAM Associação Cultural e Artística

KRUMP Session ⎯ Dougie Knight

_Esteira_ é um dueto de dança contemporânea em que a expressão dos corpos, a esteira e o espaço se alimentam entre si, trazendo à luz uma reflexão sobre vários momentos da história.

Dois corpos numa só história usam dança e movimentos rítmicos, assim como outras formas de expressão corporal, para observar e questionar como o corpo reage e se manifesta a cada desafio e experiência cultural com que se depara.

A ideia é impulsionar conflitos entre os corpos no espaço, resgatando a utilidade primordial da esteira e o seu papel na cultura moçambicana. Através do pensamento arquitetónico (no desenvolvimento da cenografia) e coreográfico, Fernando Machaieie e Martins Tuvanji pretendem questionar a relação entre o ritmo crescente, a utilidade dos objetos em presença, o papel sociocultural dos mesmos e a sua componente estética na vida cotidiana.

Esteira ⏤ Fernando Machaieie e Martins Tuvanji

“Corpo do Tempo” é  o primeiro espetáculo da Pulsar - Companhia Do Corpo, companhia centrada no trabalho multidisciplinar que coaduna o diálogo entre Música, Dança e Teatro através de um único instrumento: O Corpo.
Este espetáculo baseia-se no método pedagógico desenvolvido por Marco Santos, que usa a percussão corporal como ferramenta para lapidar a criatividade, a expressão, a consciência do espaço e a relação entre os corpos. Busca explorar e traduzir em performance questões como a efemeridade do corpo e a sua fragilidade, os julgamentos limitantes, bloqueios emocionais e preconceitos sociais relacionados com o corpo humano, os limites físicos do corpo, não como barreira, mas ponte para novas possibilidades, e a relação entre corpo individual e coletivo. O sentido de união na heterogeneidade, as automatizações do corpo, começando por ganhar consciência delas através do foco e presença, a desmistificação do toque, o ritmo como ferramenta elementar na exploração de limites e interseções entre interior e exterior, som e silêncio, presença e ausência.

A percussão corporal é encarada de forma elástica, sem restringir o corpo ao âmbito musical. Por um lado, explora os seus movimentos e as suas relações com o espaço, ou seja, a dança acontece enquanto organiza sons e silêncios. Por outro lado, a percussão corporal expressa uma narrativa, que compõe uma dramaturgia, podendo assim evocar um campo poético. Parte-se do corpo como principal instrumento para elaborar vocabulário e linguagem que, com ou sem palavras, estabelece a comunicação com os aspetos mais subtis da existência humana.

###### Ficha técnica
##### Criação e Direção | Marco Santos
##### Assistência de Movimento | Miguel Oliveira
##### Assistência de dramaturgia | Yola Pinto
##### Produção | Marco Santos, Rui Aires, Margarida Soares
##### Elenco | Ana Sofia Sequeira, André Tasso, Cristina Clara, Denys Stetsenko, Eva Parmenter, Gonçalo Pereira, Marco Santos, Mariana Camacho, Mariana Frazão, Margarida Soares, Miguel Oliveira, Nazaré Pinto, Poliana Tuchia, Rafaela AmoDeo, Rui Aires, Ulisses Ruedas
##### Agradecimentos | Manuel da Luz Santos, Clara Andermatt, Simão Costa, Yola Pinto, Silvia Real
##### Apoios | Antena 2; Real Pelágio, MATT image & design; Menu das Artes; Companhia ACCCA; EVC - Estúdios Victor Cordon; UartM - United Art Movement; Musibéria.

PULSAR ― Corpo do Tempo

_A Pedra, a Mágoa parte da observação de pedreiras abandonadas em território nacional, analisando a aceleração de decomposição dos espaços em imagens e comparando-as à ideia social do conceito Família. Posicionando-se na fronteira entre o público e o privado, o coreógrafo procura uma velocidade que conduza o espectador a um espaço mitológico de acolhimento e disrupção, onde a contemplação se proporciona através de milhares de frames por segundo._

_- um Fauno para os meus pais -_

«Observei o meu país de cima. Lá, os meus pais multiplicavam-se entre cidades e vilas, construindo famílias que não eram minhas. Famílias grandes e famílias pequenas, famílias solteiras ou em grupo, com e sem casas. Mesas cheias e bolsos completamente vazios, famílias com bocas calmas e imagens que são apenas familiares no exterior. Olhando para baixo, vi também feridas abertas na terra, escavações sem fim, umas cuidadas e outras abandonadas, umas cheias de água e outras com gargantas escassas, inspeccionadas por animais de ferro a que decidimos chamar de gruas para que o trabalho pesado não fosse confundido com a exploração animal (o meu pai e a minha mãe sempre foram animais de trabalho). As famílias das pessoas e as famílias dos buracos tornaram-se demasiadas para manter a visão clara, perdi os meus pais e as suas novas famílias (que talvez sejam minhas ou então esses pais nunca me tenham pertencido). Percebo que talvez eu não esteja em lado nenhum, que tudo é um enorme buraco de pedra caída. Não há mais país, nem pais, nem família - tudo é tudo e tudo traz o princípio do nada: recomeçar uma escavação a partir de dentro.» 
― Daniel Matos

###### Ficha Artística
##### Direção Artística, Criação e Concepção Plástica | Daniel Matos
##### Performers e Co-criação | Lia Vohlgemuth, Elia Pangaro e Joana Simões
##### Colaboração Artística, Arquivo, Fotografia e Vídeo | João Catarino
##### Banda Sonora Original (a partir de Debussy) | João Galante aka Coolgate e José Cruz
##### Consultoria Artística | Beatriz Marques Dias 
##### Direção Técnica | Ana Carocinho
##### Desenho de Luz | Manuel Abrantes
##### Cenografia | Daniel Matos 
##### Figurinos | Marina Tabuado  
##### Comunicação | Maria Tsukamoto
##### Direção de Produção | Joana Flor Duarte
##### Produção | CAMA a.c.
##### Co.Produção | Teatro das Figuras, Cine-Teatro Louletano, Casa Varela/Cine-Teatro de Pombal - Município de Pombal, Município de Lagos
##### Residência de Co.Produção | O Espaço do Tempo, Teatro Municipal Baltazar Dias / Estúdio de Criação Artística do Funchal 
##### Apoio à residência | OPART|Estúdios Victor Córdon
##### Apoios | Estúdios Vítor Córdon / OPART, Espaço Alkantara, Casa da Dança de Almada, CAMADA - Centro Coreográfico, O Rumo do Fumo, A Piscina, Estúdio CAB

A Pedra, A Mágoa ― Daniel Matos

##### _Mawaru, Um Corpo Fascinado Flutua sem Pensamento_ é uma peça que mergulha na teoria do caos, explorando o conceito do "efeito borboleta" e sua influência nas interações humanas. Ela é uma das leis mais importantes do Universo, invisível aos nossos olhos, mas presente na matriz de praticamente tudo o que nos rodeia. A peça revela, tal como na teoria, que a mais pequena das mudanças pode desencadear eventos imprevisíveis e transformar o curso de eventos de maneira monumental.

##### Através de movimentos circulares que ecoam a sutileza das asas de uma borboleta, investiga-se a sensibilidade às condições iniciais, permitindo que o fluxo do movimento nos conduza a destinos desconhecidos. Cada frase coreográfica, inicialmente simples, evolui em direções inesperadas, refletindo a imprevisibilidade inerente à vida. _Mawaru_ explora as relações humanas, mostrando como os encontros e desencontros moldam o nosso destino, como se de um cálculo matemático se tratasse, em que a mais ligeira mudança nos surpreende com um resultado diferente. 

##### Inspirada pela poesia dos haikus japoneses, a peça convida o público a explorar um leque infinito de possibilidades interpretativas. Como a flutuação de fatores que impedem a previsibilidade, as relações entre os personagens são influenciadas por uma miríade de fatores, cada um contribuindo para um padrão único e imprevisível. À medida que se desafia as fronteiras das interpretações, a dramaturgia de "Mawaru" segue o mesmo princípio do caos determinístico, oferecendo ao público o poder de moldar sua própria experiência. Como o universo que nos cerca, "Mawaru" é uma reflexão física sobre a imprevisibilidade da vida e a beleza encontrada nas infinitas possibilidades da dança. 


###### Ficha Técnica

##### Conceito e Coreografia | Matilde Barbas e Miguel Santos
##### Interpretação | Matilde Barbas e Miguel Santos
##### Edição Musical | A definir
##### Música | Hiromitsu Agatsuma
##### Figurino | Matilde Barbas e Miguel Santos
##### Desenho de luz | Matilde Barbas e Miguel Santos


Mawaru ⏤  Matilde Barbas & Miguel Santos

Dois habitantes de um planeta longínquo entram num banho turco. Neste local de prazer e cura, onde os sentidos são estimulados mas o decoro é regra, uma sucessão de eventos inesperados faz despertar no seu corpo respostas que desconhecem. Na tentativa de refrear a fera indomável contida nas suas vestes de ocasião, vêm-se expostos às particularidades da emoção e do desejo. Os corpos cantam, assobiam, fogem, ficam, gritam, suam. Neste banho cabe uma
queda no chão, um conformismo ao toque do outro e um _descarrilargrotescodossentidosqueatordoaqualquerum_? Numa expressão fria da solidão humana, ocupando a tangente entre o cómico e o trágico, quebra-se o gelo, e o banho passa a arena. Quem está a ver?

###### Ficha Técnica
##### Coreógrafos / Intérpretes | Beatriz Mira & Tiago Barreiros
##### Figurinos e desenho de luz | Beatriz Mira & Tiago Barreiros
##### Composição musical | João Caldas e João Curado (a confirmar)
##### Apoios | Co-produção com Studio ProArte/Frei Art Festival com o apoio do
EFFEA

The HorMoans ― Beatriz Mira & Tiago Barreiros

_O mundo está constantemente a escapar-nos. O presente é um lugar de disputa entre o passado vivido e o futuro por vir. Como pensar o corpo e o seu movimento como um rastro e ao mesmo tempo uma projeção? Uma tentativa de curvar o tempo para a frente e para trás em simultâneo, como um processo de memória e de devir. Habitar uma temporalidade espiralar na qual o corpo vibra em escuta profunda, contra a linearidade e o separatismo espacial. Desarmar as categorias de sujeito e de objeto para ser-se movido por algo além de si mesmo. Um esforço de convivência de linguagens entre movimento e voz que ressoam e fazem o corpo transbordar enquanto textura, sensualidade e sensação, expandindo-se a uma condição imanente, movendo-se em direção à carne._ ―  João dos Santos Martins

###### Ficha artística

##### Autoria | João dos Santos Martins 
##### Interpretação | Adriano Vicente, Ana Rita Teodoro, Connor Scott, João dos Santos Martins, Natacha Campos, Noel Quintela, Sofia Kafol e Teresa Silva
##### Figurinos | Constança Entrudo
##### Luz | Filipe Pereira, Joana Mário
##### Música | a partir de _Horse Sings from Cloud_ (1975) de Pauline Oliveros
##### Apoio Vocal | Joana Nascimento
##### Produção e administração | João dos Santos Martins, Lysandra Domingues, Sofia Lopes | Associação Parasita
##### Coprodução | Associação Parasita, Culturgest, Teatro Municipal do Porto
##### Residências | Espaço Parasita, Estúdios Victor Córdon, O Espaço do Tempo, PRO.DANÇA
##### Agradecimentos | Dani Issler 


João dos Santos Martins ― vida e obra

_Este é um projeto que se foca na procura das sensibilidades, é um projeto sobre o corpo trans não binário à procura da sua própria masculinidade. Este é um projeto autobiográfico, é sobre a minha transição da linguagem machista que carrego do hip hop para encontrar uma masculinidade mais saudável dentro de outras danças. Este é um corpo que navega pela memória e pela construção de uma nova memória, uma construção de futuro. Trabalho sobre a fusão de vários estilos. Encontro no waving, no Vogue, nas danças de salão, expressões de género que encaixam numa não binariedade, e que por consequência trazem uma nova proposta de vivência e de recolocar o corpo a nível social, numa tentativa de responder à pergunta: Como dança um corpo não binário? Qual a importância de criar uma transmasculinidade não tóxica e o que é isso? Porque são as transmasculinidades invisíveis? Porque nos escondemos?_

_O nome primarosa vem de primrose. A primeira flor que abre no início da primavera. Significa começo, transformação, cura. Uma despedida, uma morte, que gera um novo, um renascer, um novo corpo. Uma vontade de gerar novos conceitos e ideias._ ― Eríc Amorim dos Santos

###### Ficha artística
##### Criador / intérprete | Eríc Santos
##### Dramaturgia | Maurícia Neves
##### Sonoplastia | Rui Lima e Sérgio Martins
##### Assistente de produção | Catarina Corujeira

 Eríc Amorim dos Santos ― Prima rosa

##### IMERSÃO é um projeto anual e interdisciplinar criado pelo QUEER ART LAB que se apresenta como um laboratório de criação artística direcionado a pessoas LGBTQI+. Este ano, os Laboratórios Artísticos IMERSÃO terão mentoria da encenadora, bailarina, atriz e produtora brasileira Gaya de Medeiros. 

##### O Queer Art Lab irá trabalhar com 4 artistas emergentes, e cada um(a) deles(as) irá criar uma peça com uma duração mínima de 20 minutos ao longo de 6 semanas de residência. Esta criação será uma primeira abordagem ao que o(a) artista pretende desenvolver ou uma continuação de processo. A fase 3 do projeto decorre entre 25 de março e 24 de abril de 2024 em Lisboa, e na primeira semana de criação os artistas estarão em residência nos EVC, com a mentora Gaya de Medeiros.


##### As peças criadas serão apresentadas em outubro de 2024, no Festival IMERSÃO.

######  Um projeto do QUEER ART LAB
###### Mentoria 
##### Gaya de Medeiros
###### Artistas
##### Dai, Izabel Nejur, Luan Okun, Suh Pa
###### Direção Criativa 
##### Ary Zara



Laboratórios Artísticos IMERSÃO ― Queer Art Lab + Gaya de Medeiros

_Stabat Mater com Aroma a Pêssego_ será uma performance em formato de Missa que procura cruzar o Coral do compositor Italiano Domenico Scarlatti com os rituais camponeses pagãos associados ao primeiro de Maio que remetem às colheitas agrícolas ligadas à fertilidade e amor, energia vital - fogo e colheita.
_Stabat Mater_ é um Coral do compositor italiano Domenico Scarlatt que se debruça sobre a dor de Maria ao ver Cristo na Cruz. _Stabat Mater_ em latim _Estava a mãe_, é uma prece. Sendo que existem dois hinos associados, _Stabat Mater Dolorosa_ sobre as Dores de Maria e Stabat Mater Speciosa, mais alegre, refere-se ao nascimento de Cristo.

Stabat Mater com aroma a pêssego ⎯ Beatriz Garrucho

With the aim of supporting independent artistic creation, this program welcomes creators in the field of dance and other areas of artistic intersection, at national and international level, for a maximum period of two weeks.

Applications are accepted continuously and residencies are scheduled in our calendar on a first-come, first-served basis. Since their beginnings, the EVC have been a space where multiple languages coexist, responding in direct proportion to the needs of the artistic community.

Artist Residencies

Programa de apoio à criação artística independente que acolhe criadores na área da dança e outras áreas de cruzamento artístico, a nível nacional e internacional, por um período máximo de duas semanas. Desde a sua génese, os EVC são um espaço de coabitação de múltiplas linguagens, agindo numa resposta direta às necessidades da comunidade artística.





Residências Artísticas 2022

Programa de apoio à criação artística independente que acolhe criadores na área da dança e outras áreas de cruzamento artístico, a nível nacional e internacional, por um período máximo de duas semanas. Desde a sua génese, os EVC são um espaço de coabitação de múltiplas linguagens, agindo numa resposta direta às necessidades da comunidade artística.


Residências Artísticas 2023

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1º Ciclo

1º Ciclo é uma modalidade de residências artísticas dedicada exclusivamente a jovens criadores(as) recém-formados(as) em instituições do ensino superior ou equivalentes. A iniciativa propõe apoiar e dinamizar a criação de primeiras obras em contexto profissional. Com este intuito, os EVC promovem parcerias com várias estruturas de ensino ligadas às artes performativas, a saber, a Escola Superior de Dança (ESD), a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e o Fórum Dança.


First Stage is a residencies program dedicated exclusively to young artists who have recently graduated from higher education institutions or equivalent. The initiative aims to support and encourage the production of their first works in a professional context. To this end, the EVC promote partnerships with several educational institutions linked to the performing arts, namely Escola Superior de Dança (ESD), Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), Faculdade de Motricidade Humana (FMH) and Fórum Dança.


First Stage

_1º Ciclo _é um programa dedicado a jovens criadores recém-formados, com o objetivo de apoiar a criação das suas primeiras obras. Nesta temporada, os EVC darão apoio à criação a nível nacional, promovendo parcerias com várias estruturas do ensino ligadas às artes performativas, a saber, a Escola Superior de Dança (ESD), a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e o Fórum Dança.


1º Ciclo 2022

_1º Ciclo_ é um programa dedicado a jovens criadores recém-formados, com o objetivo de apoiar a criação das suas primeiras obras. Nesta temporada, os EVC darão apoio à criação a nível nacional, promovendo parcerias com várias estruturas do ensino ligadas às artes performativas, a saber, a Escola Superior de Dança (ESD), a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), a Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e o Fórum Dança.

1º Ciclo 2023

Parceiros

1º Ciclo 

Apoio à criação - residências artísticas

_First Stage_ is a program dedicated to young, recently graduated artists, with the aim of supporting the creation of their first works. This season, the EVC will support artistic creation at a national level, promoting partnerships with various educational structures linked to the performing arts, namely, Escola Superior de Dança (ESD), Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), Faculdade de Motricidade Humana (FMH) and Fórum Dança.


Apoio a audições

O programa de Apoio a Audições continua a dar condições a artistas para que tenham a oportunidade de participar em processos de seleção para formações ou elencos. Assim, os EVC abrem as portas tanto a intérpretes que precisem de um espaço para ensaiar ou gravar vídeos para audições, quanto a estruturas ou coreógrafos que precisem de levar a cabo um processo de seleção para uma nova criação. 


The _Support for Auditions_ program continues to provide conditions for artists to have the opportunity to participate in selection processes for training or casts. Thus, the studios open their doors both to performers who need a space to rehearse or record videos for auditions, and to structures or choreographers who need to carry out a selection process for a new work. 

Support for Auditions

Apoio a Audições

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Apoio a instituições de dança

Os EVC abrem as suas portas a instituições do ensino superior ou equivalente em algumas das suas formações. Com esta iniciativa, pretendemos consolidar as relações estabelecidas com essas instituições em benefício de novas gerações de artistas da área da dança.



The EVC open its doors to universities or equivalent institutions in some of their training programs. With this initiative, we aim to consolidate the relationships established with these institutions for the benefit of new generations of dance artists.







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