##### Enquanto investigava o espólio da coreógrafa Paula Massano no Museu Nacional do Teatro e da Dança, encontrei um dossier intitulado Proposta de Organização da Estrutura Mínima de Suporte de um Workshop. Este documento foi endereçado à Companhia Nacional de Bailado (CNB) um ano após a sua criação, em 1978, como tentativa de integrar um projeto permanente de experimentação coreográfica. O documento começava com uma descrição do que é um workshop, palavra que não circulava na altura: «um workshop é um local onde um grupo de pessoas se reúne à volta de um trabalho comum com o objetivo de, dentro de um dado campo das práticas artísticas (neste caso, a dança), o desenvolver no sentido de descobrir novas formas e, necessariamente, novos conteúdos.»

##### A proposta de Paula Massano não foi acolhida na CNB. Terá sido discutida? Poderia parecer radical, por um lado, ou ingénua, por outro, num momento em que a Companhia se tinha acabado de formar e procurava constituir-se como corpo de baile de matriz essencialmente clássica. Se a catapultarmos para o presente, esta proposta instiga um questionamento sobre a missão de uma companhia da dança estatal que importa invocar. Se os estatutos da CNB sempre preservaram o convívio entre dança clássica e dança contemporânea, esse equilíbrio sempre pareceu complicado. O que é que um workshop de pesquisa de movimento permanente poderia servir à companhia, em particular, e à dança, em geral?

##### A história dos Estúdios Victor Córdon (EVC) é indissociável da CNB e surge enquanto um projeto de Luísa Taveira (diretora de 2010 a 2017), com a intenção de contribuir para a recondução da carreira de bailarinos que não estariam no ativo na companhia. Abertos em 2016 com coordenação de Bruno Cochat, os EVC iniciam-se como um «Centro educativo, comunitário e criativo» com aulas de dança para crianças e adultos, masterclasses, oficinas e outros projetos. Em 2017, seria nomeado para o projeto o coreógrafo, ex-bailarino e coordenador de projetos especiais da CNB Rui Lopes Graça, cujo foco de ação, apesar de manter uma preocupação com o reenquadramento profissional dos bailarinos, foi noutra direção.

##### Caracterizados como uma «plataforma», os Estúdios Victor Córdon são um lugar de prática, pesquisa, experimentação e criação coreográfica sem uma linha estética definida. Sendo um dos poucos lugares em Lisboa com condições próprias para a prática de dança — isto é, estúdio espaçoso com chão de madeira, caixa de ar, linóleo e aquecimento —, os EVC dão um apoio fulcral à comunidade da dança independente através da disponibilização de estúdios dignos para trabalho e ensaios.

##### Uma das ações centrais é oferecer aulas de dança diárias para profissionais com o custo de três euros. As aulas de dança clássica são dadas geralmente por ex-bailarinos da CNB e do Ballet Gulbenkian, entre outros, garantindo uma transmissão intergeracional. As aulas são frequentadas por uma grande variedade de pessoas, e no mesmo estúdio podem estar: uma bailarina reformada da Ópera de Paris que comprou casa em Lisboa, uma coreógrafa da Nova Dança Portuguesa, um jovem acabado de sair do Conservatório, uma ex-aluna do Forum Dança, uma investigadora do c.e.m., uma amadora que faz doutoramento em sociologia, um bailarino que trabalha no estrangeiro, está a passar férias em Lisboa e tem um baile de vogue à noite, bailarinos que estão entre projetos, que têm uma audição ou que querem «aquecer» antes dos seus ensaios. As aulas de dança contemporânea são orientadas por uma comunidade mais jovem – bailarinos ativos entre os 20 e 40 anos que têm aqui também a oportunidade de partilhar a sua prática com outros. Com um enfoque pedagógico e profissionalizante, os EVC têm ainda tentado criar oportunidades para jovens intérpretes, quer através da colaboração entre escolas de dança, em todo o país, e coreógrafos internacionais, quer estabelecendo colaborações entre escolas artísticas de áreas distintas, como música.

##### Uma das coisas que os EVC entenderam é que, para ter discursos abrangentes, não podem ser sempre as mesmas pessoas a fazer as coisas. O poder não pode ser piramidal; pelo contrário, tem de ser partilhado, tem de ser um diálogo, tem de ser uma ponte. Parte dos programas dos EVC acontece através de convites a diferentes curadorias, abrindo o espectro de colaborações para fazer o que talvez não estaria ao seu alcance. O que sai para fora não é a voz de um diretor, mas diferentes vozes que expõem e cultivam a diversidade da cena da dança na sua multiplicidade. Esta abertura deve ser vista também como um espaço de responsabilidade para quando, ocupando lugares de poder, as instituições prossigam o seu papel de reparação das injustiças estruturais que continuam a dividir o mundo em dois.

##### O mundo carece de novas e renovadas instituições. Instituições que nos permitam acreditar nelas, que sejam transparentes, abertas, que tenham espírito, que nos inspirem, que nos representem e que nos façam querer ser representados. Instituições que não sejam máquinas de sugar cabeças e contribuintes, nem plataformas de lançamento para os seus diretores. Os EVC tornaram-se uma casa para muitos. São um lugar onde sabemos que somos bem tratados, onde nos sentimos acolhidos, prezados, respeitados, independentemente do tipo de dança que fazemos. Esta dimensão transversal, que promove diferentes visões, fomenta a comunicação entre pares que muitas vezes não se cruzam, que deixaram de se cruzar ou não se querem cruzar. É um lugar de encontros, tanto de pessoas novas, como de pessoas que admiramos e nunca vemos. Nunca sabemos quem vai atravessar o corredor e isso dá-nos um misto de nervosismo e entusiasmo.

##### Muitas das ações dos EVC são invisíveis e prendem-se com apoio muscular, psicológico e jurídico ou, por outras palavras, cuidado. Um cuidado que não é protocolar, mas que advém de uma equipa experiente e devota naquilo que é a sua prática diária: a dança. Esta forma de estar prova que as instituições, por mais que sejam criadas por decreto, são feitas por pessoas e são feitas de amor, atenção e dedicação. Se os EVC surgiram como tentativa de solucionar um problema na CNB, tornaram-se uma pequena inspiração para a dança em geral, e uma extensão do que poderia ser um projeto para a dança no país, que, além de um corpo de baile, seria, nas palavras de Paula Massano, um lugar para desenvolver o campo da dança em permanência, na sua forma e no seu conteúdo. Pelas ações dos EVC é possível entender um espectro da dança que se faz, as suas redes, sujeitos, estéticas, preocupações, vontades e necessidades, mas o seu modo de funcionamento permite mais do que isso: permite imaginarmos coletivamente como é possível fazer de uma instituição um outro lugar.
##### ⎯
##### João dos Santos Martins
##### Janeiro, 2024


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EVC 2024 

##### While researching the archive of choreographer Paula Massano at the National Museum of Theatre and Dance, I came across the file “Proposal for the Organisation of a Minimum Support Structure for a Workshop”. This document was sent to the National Ballet of Portugal (CNB) a year after its foundation, in 1978, as an attempt to establish a permanent choreographic experimentation project. The document opened with a description of what a workshop is, a term that wasn’t used at the time: “a workshop is a place where a group of people gather around a common work with the aim of, within a given field of artistic practices (in this case, dance), developing it in order to discover new forms and necessarily, new content.”

##### Paula Massano’s proposal was not adopted by the CNB. Was it discussed? It might have seemed radical, on the one hand, or naïve, on the other, at a time when the company had just been founded and was trying to become, essentially, a classical corps de ballet. If we propel it into the present, this proposal prompts a reflection on the mission of a state dance company. Although CNB’s statutes have always ensured a coexistence between classical and contemporary dance, this balance has always seemed complicated. What could a permanent movement research workshop do for the company, in particular, and to dance, in general?

##### The history of Estúdios Victor Córdon (EVC) is inextricably linked to the CNB and emerged as a project by Luísa Taveira (director from 2010 to 2017), with the intention of promoting the career transition of dancers who were no longer performing. Opening its doors in 2016 under the coordination of Bruno Cochat, EVC began as an “educational, community and creative centre” with dance classes for children and adults, masterclasses, workshops and other projects. In 2017, the choreographer, former dancer and CNB special projects coordinator Rui Lopes Graça was appointed to lead the project. Despite maintaining a concern for the dancers’ professional transition, another direction was set out.

##### Described as a “platform”, Estúdios Victor Córdon are a place for practice, research, experimentation and choreographic creation without a defined aesthetic line. Being one of the few places in Lisbon with the right conditions for dance practice – i.e. spacious studios with wooden flooring, sprung floor, linoleum covering and heating –, the EVC provide vital support to the independent dance community by offering proper studios to work and rehearse.

##### One of their core initiatives is to offer daily dance classes for professionals at a fee of three euros. The classical dance classes are usually taught by former dancers from the CNB and Ballet Gulbenkian, among others, ensuring intergenerational transmission. The classes are attended by a wide variety of people, and in the same studio you might come across a retired dancer from the Paris Opera who has bought a house in Lisbon, a choreographer of the New Portuguese Dance movement, a young dancer who has just graduated from the Conservatory, a former student of Forum Dança, a researcher at c.e.m – centro em movimento, an amateur doing a PhD in sociology, a dancer who works abroad, is on vacation in Lisbon and is attending a vogue ball in the evening, dancers who either are between projects, have an audition or want to warm up before rehearsing. The contemporary dance classes are taught by a younger community – active dancers aged between 20 and 40, who also have the opportunity to share their practice with others. With a pedagogical and professionalising focus, the EVC have also been working to create opportunities for young performers, either through collaboration between dance schools across the country and foreign choreographers, or by establishing collaborations between art schools from different fields, such as music.

##### The EVC have understood that, in order to have a comprehensive discourse, it can't always be the same people doing things. Power cannot be pyramidal; on the contrary, it has to be shared, to be a dialog, to be a bridge. Part of EVC’s programs involve inviting different people to curate, opening up the spectrum of collaborations to do what might not have been within their reach.  What comes out is not the voice of a director, but different voices that show and nurture the diversity of the dance scene in its multiplicity. This openness should also be seen as a space of responsibility for when, occupying places of power and decision making, institutions pursue the task of continuously repairing the structural injustices that continue to divide the world in two.

##### The world needs new and renewed institutions. Institutions that make us believe in them, that are transparent, open, with spirit, and that inspire us, represent us and make us want to be represented. Institutions that aren’t machines for sucking up heads and taxpayers, nor launching pads for their directors. The EVC have become a home for many. They are a place where we know we are well looked after, where we feel welcomed, appreciated and respected, regardless of the kind of dance we practise. This transversal dimension, promoting different perspectives, fosters communication between peers who often don’t cross paths, no longer cross paths or don’t want to cross paths. It’s a place of encounters, where one can meet new people or people we admire but never actually see. We never know who’s going to cross the hallway and that brings us a mixture of flutter and excitement.

##### Many of EVC’s actions are invisible and involve muscular, psychological and legal support or, in other words, care. Care which isn’t protocol, but that comes from an experienced team who are devoted to their daily practice: dance. This attitude proves that institutions, despite being created by decree, are made by people and out of love, attention and dedication. Although the EVC emerged as an attempt to solve a problem within the CNB, it became an inspiration for the dance scene in general, and an example of what a national dance project could be. That project would be, in addition to a corps de ballet, and in Paula Massano’s words, a place to develop the field of dance permanently, in its form and substance. Through the actions of the EVC it is possible to see a large spectrum of the dance field, its networks, subjects, aesthetics, concerns, desires and needs, but the way it operates allows us more: it allows us to collectively imagine how to make of an institution one other space.
##### ⎯
##### João dos Santos Martins
##### January 2024

EVC: Other spaces

#### O mundo é a casa do corpo.

##### Corpo enquanto matéria de herança comum. Corpo de escuta e ação; lugar de dança, deste e de outros mundos.
  
##### No início de um novo ciclo dos Estúdios Victor Córdon, confirmamos o compromisso de apoio à comunidade artística independente, com especial enfoque na área da dança. Confirmamos igualmente a dedicação à promoção de iniciativas que apoiem o início de carreiras, que intensifiquem o movimento de artistas dos e nos PALOP, que proporcionem espaços de presença das comunidades imigrantes e descendentes residentes em Portugal e que, de forma geral, sejam um exemplo da democratização do acesso às instituições culturais. Quando se invertem valores fundamentais é imperativo que se multipliquem ações com impacto direto na vida das pessoas afetadas por essa inversão, apesar das muitas frentes necessárias para responder às realidades que se anunciam pelo decorrer dos dias.

##### A Temporada 2024 pretende refletir o estado de um mundo em (des)agregação, acerca do qual é urgente pensar e agir. No ano em que se comemora meio século de liberdade e democracia em Portugal, precisamos de confirmar valores humanistas universais, pois estes não se estabelecem por si próprios através de uma qualquer mudança de regime ou contexto político. Estabelecer estes valores implica sempre um esforço permanente que se inicia no âmago da vida individual. O nosso tempo deverá ser um tempo de ação continuada no combate ao esquecimento, eterno inimigo das civilizações, bem como no reconhecimento de cada pessoa com dignidade e respeito.

##### As vozes e necessidades de criadores e intérpretes. O registo e a transmissão dessas vozes, vindas de muitas geografias. O pensamento em torno da criação artística e o seu impacto na realidade social. As rotas da língua portuguesa como lugares de encontro, partilha e estabelecimento de redes para a circulação de artistas, propondo avizinhar Norte e Sul. As comunidades migrantes residentes em Portugal e o papel da criação artística no processo de aproximação de culturas. As comunidades afrodescendentes e a sua presença nas instituições culturais e na sociedade em geral. O apoio à criação a artistas, festivais e instituições de ensino, assim como o suporte dado a jovens intérpretes e criadores em início de carreira. Estas são as principais linhas que norteiam a vintena de programas que trazemos em 2024.

##### Lançamos esta programação sabendo que o caminho pode moldar as intenções, tornando-a mais adequada às necessidades de quem dela pode usufruir, e, sendo certo que nem todas as propostas chegam ao ponto onde à partida as imaginamos, quando movidas por um espírito criativo e conciliador serão seguramente portadoras de mudança.

##### É neste lugar que propomos encontrar-nos. Numa casa do mundo.
##### ⎯
##### Rui Lopes Graça
##### Janeiro, 2024

##### .

##### 2024 marca um momento importante no percurso dos EVC. Formalizando-se enquanto unidade orgânica dentro do OPART – Organismo de Produção Artística, E.P.E., os EVC afirmam a sua autonomia artística e passam agora a uma nova fase no seu crescimento. Para assinalar o momento, João dos Santos Martins escreve um texto sobre os EVC.

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#### EVC: Outros lugares
##### Enquanto investigava o espólio da coreógrafa Paula Massano no Museu Nacional do Teatro e da Dança, encontrei um dossier intitulado Proposta de Organização da Estrutura Mínima de Suporte de um Workshop. Este documento foi endereçado à Companhia Nacional de Bailado (CNB) um ano após a sua criação, em 1978, como tentativa de integrar um projeto permanente de experimentação coreográfica. O documento começava com uma descrição do que é um workshop, palavra que não circulava na altura: «um workshop é um local onde um grupo de pessoas se reúne à volta de um trabalho comum com o objetivo de, dentro de um dado campo das práticas artísticas (neste caso, a dança), o desenvolver no sentido de descobrir novas formas e, necessariamente, novos conteúdos.»

##### A proposta de Paula Massano não foi acolhida na CNB. Terá sido discutida? Poderia parecer radical, por um lado, ou ingénua, por outro, num momento em que a Companhia se tinha acabado de formar e procurava constituir-se como corpo de baile de matriz essencialmente clássica. Se a catapultarmos para o presente, esta proposta instiga um questionamento sobre a missão de uma companhia da dança estatal que importa invocar. Se os estatutos da CNB sempre preservaram o convívio entre dança clássica e dança contemporânea, esse equilíbrio sempre pareceu complicado. O que é que um workshop de pesquisa de movimento permanente poderia servir à companhia, em particular, e à dança, em geral?

##### A história dos Estúdios Victor Córdon (EVC) é indissociável da CNB e surge enquanto um projeto de Luísa Taveira (diretora de 2010 a 2017), com a intenção de contribuir para a recondução da carreira de bailarinos que não estariam no ativo na companhia. Abertos em 2016 com coordenação de Bruno Cochat, os EVC iniciam-se como um «Centro educativo, comunitário e criativo» com aulas de dança para crianças e adultos, masterclasses, oficinas e outros projetos. Em 2017, seria nomeado para o projeto o coreógrafo, ex-bailarino e coordenador de projetos especiais da CNB Rui Lopes Graça, cujo foco de ação, apesar de manter uma preocupação com o reenquadramento profissional dos bailarinos, foi noutra direção.

##### Caracterizados como uma «plataforma», os Estúdios Victor Córdon são um lugar de prática, pesquisa, experimentação e criação coreográfica sem uma linha estética definida. Sendo um dos poucos lugares em Lisboa com condições próprias para a prática de dança — isto é, estúdio espaçoso com chão de madeira, caixa de ar, linóleo e aquecimento —, os EVC dão um apoio fulcral à comunidade da dança independente através da disponibilização de estúdios dignos para trabalho e ensaios.

##### Uma das ações centrais é oferecer aulas de dança diárias para profissionais com o custo de três euros. As aulas de dança clássica são dadas geralmente por ex-bailarinos da CNB e do Ballet Gulbenkian, entre outros, garantindo uma transmissão intergeracional. As aulas são frequentadas por uma grande variedade de pessoas, e no mesmo estúdio podem estar: uma bailarina reformada da Ópera de Paris que comprou casa em Lisboa, uma coreógrafa da Nova Dança Portuguesa, um jovem acabado de sair do Conservatório, uma ex-aluna do Forum Dança, uma investigadora do c.e.m., uma amadora que faz doutoramento em sociologia, um bailarino que trabalha no estrangeiro, está a passar férias em Lisboa e tem um baile de vogue à noite, bailarinos que estão entre projetos, que têm uma audição ou que querem «aquecer» antes dos seus ensaios. As aulas de dança contemporânea são orientadas por uma comunidade mais jovem – bailarinos ativos entre os 20 e 40 anos que têm aqui também a oportunidade de partilhar a sua prática com outros. Com um enfoque pedagógico e profissionalizante, os EVC têm ainda tentado criar oportunidades para jovens intérpretes, quer através da colaboração entre escolas de dança, em todo o país, e coreógrafos internacionais, quer estabelecendo colaborações entre escolas artísticas de áreas distintas, como música.

##### Uma das coisas que os EVC entenderam é que, para ter discursos abrangentes, não podem ser sempre as mesmas pessoas a fazer as coisas. O poder não pode ser piramidal; pelo contrário, tem de ser partilhado, tem de ser um diálogo, tem de ser uma ponte. Parte dos programas dos EVC acontece através de convites a diferentes curadorias, abrindo o espectro de colaborações para fazer o que talvez não estaria ao seu alcance. O que sai para fora não é a voz de um diretor, mas diferentes vozes que expõem e cultivam a diversidade da cena da dança na sua multiplicidade. Esta abertura deve ser vista também como um espaço de responsabilidade para quando, ocupando lugares de poder, as instituições prossigam o seu papel de reparação das injustiças estruturais que continuam a dividir o mundo em dois.

##### O mundo carece de novas e renovadas instituições. Instituições que nos permitam acreditar nelas, que sejam transparentes, abertas, que tenham espírito, que nos inspirem, que nos representem e que nos façam querer ser representados. Instituições que não sejam máquinas de sugar cabeças e contribuintes, nem plataformas de lançamento para os seus diretores. Os EVC tornaram-se uma casa para muitos. São um lugar onde sabemos que somos bem tratados, onde nos sentimos acolhidos, prezados, respeitados, independentemente do tipo de dança que fazemos. Esta dimensão transversal, que promove diferentes visões, fomenta a comunicação entre pares que muitas vezes não se cruzam, que deixaram de se cruzar ou não se querem cruzar. É um lugar de encontros, tanto de pessoas novas, como de pessoas que admiramos e nunca vemos. Nunca sabemos quem vai atravessar o corredor e isso dá-nos um misto de nervosismo e entusiasmo.

##### Muitas das ações dos EVC são invisíveis e prendem-se com apoio muscular, psicológico e jurídico ou, por outras palavras, cuidado. Um cuidado que não é protocolar, mas que advém de uma equipa experiente e devota naquilo que é a sua prática diária: a dança. Esta forma de estar prova que as instituições, por mais que sejam criadas por decreto, são feitas por pessoas e são feitas de amor, atenção e dedicação. Se os EVC surgiram como tentativa de solucionar um problema na CNB, tornaram-se uma pequena inspiração para a dança em geral, e uma extensão do que poderia ser um projeto para a dança no país, que, além de um corpo de baile, seria, nas palavras de Paula Massano, um lugar para desenvolver o campo da dança em permanência, na sua forma e no seu conteúdo. Pelas ações dos EVC é possível entender um espectro da dança que se faz, as suas redes, sujeitos, estéticas, preocupações, vontades e necessidades, mas o seu modo de funcionamento permite mais do que isso: permite imaginarmos coletivamente como é possível fazer de uma instituição um outro lugar.
##### ⎯
##### João dos Santos Martins
##### Janeiro, 2024



O mundo é a casa do corpo.

2024

EVC: Outros lugares

#### O mundo é a casa do corpo.

##### Corpo enquanto matéria de herança comum. Corpo de escuta e ação; lugar de dança, deste e de outros mundos.
  
##### No início de um novo ciclo dos Estúdios Victor Córdon, confirmamos o compromisso de apoio à comunidade artística independente, com especial enfoque na área da dança. Confirmamos igualmente a dedicação à promoção de iniciativas que apoiem o início de carreiras, que intensifiquem o movimento de artistas dos e nos PALOP, que proporcionem espaços de presença das comunidades imigrantes e descendentes residentes em Portugal e que, de forma geral, sejam um exemplo da democratização do acesso às instituições culturais. Quando se invertem valores fundamentais é imperativo que se multipliquem ações com impacto direto na vida das pessoas afetadas por essa inversão, apesar das muitas frentes necessárias para responder às realidades que se anunciam pelo decorrer dos dias.

##### A Temporada 2024 pretende refletir o estado de um mundo em (des)agregação, acerca do qual é urgente pensar e agir. No ano em que se comemora meio século de liberdade e democracia em Portugal, precisamos de confirmar valores humanistas universais, pois estes não se estabelecem por si próprios através de uma qualquer mudança de regime ou contexto político. Estabelecer estes valores implica sempre um esforço permanente que se inicia no âmago da vida individual. O nosso tempo deverá ser um tempo de ação continuada no combate ao esquecimento, eterno inimigo das civilizações, bem como no reconhecimento de cada pessoa com dignidade e respeito.

##### As vozes e necessidades de criadores e intérpretes. O registo e a transmissão dessas vozes, vindas de muitas geografias. O pensamento em torno da criação artística e o seu impacto na realidade social. As rotas da língua portuguesa como lugares de encontro, partilha e estabelecimento de redes para a circulação de artistas, propondo avizinhar Norte e Sul. As comunidades migrantes residentes em Portugal e o papel da criação artística no processo de aproximação de culturas. As comunidades afrodescendentes e a sua presença nas instituições culturais e na sociedade em geral. O apoio à criação a artistas, festivais e instituições de ensino, assim como o suporte dado a jovens intérpretes e criadores em início de carreira. Estas são as principais linhas que norteiam a vintena de programas que trazemos em 2024.

##### Lançamos esta programação sabendo que o caminho pode moldar as intenções, tornando-a mais adequada às necessidades de quem dela pode usufruir, e, sendo certo que nem todas as propostas chegam ao ponto onde à partida as imaginamos, quando movidas por um espírito criativo e conciliador serão seguramente portadoras de mudança.

##### É neste lugar que propomos encontrar-nos. Numa casa do mundo.
##### ⎯
##### Rui Lopes Graça
##### Janeiro, 2024


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Temporada 2024

#### The world is the home of the body.

##### The body as a matter of common heritage. A body that listens and acts; a place of dance, from this and other worlds.

##### As Estúdios Victor Córdon enter a new cycle, we are firmly committed to continuing to support the independent artistic community, with a primary focus on dance. We also reiterate our dedication to promoting initiatives that help young artists start their careers, that intensify the circulation of artists from and within the Portuguese-speaking African countries, that provide a space where immigrant communities and their descendants living in Portugal can be represented, and that, in general, are an example of the increased democratic access to cultural institutions. When fundamental values are reversed, it is essential to multiply actions that directly impact on the lives of the people affected by this reversal, while it is true that many different approaches are needed to respond to the reality of our times.

##### The 2024 Season aims to reflect the state of a world in (dis)aggregation, about which we urgently need to think and on which we must act. As Portugal celebrates half a century of liberty and democracy, we need to reaffirm universal humanist values, because a transformation in the political context won't change the fact that such work has to be carried out. Establishing these values always involves a constant effort, starting at the core of one's individual life. Our time must be a time of continuous action to counter oblivion, which remains an eternal enemy of civilizations, and to respect and recognize the dignity of every person.

##### The voices and needs of creators and performers. The recording and transmission of these voices, coming from many different places in the world. Thinking about artistic creation and its impact on social reality. The routes of the Portuguese language as spaces for meeting, sharing and establishing networks where artists can travel, proposing to bring North and South closer together. Migrant communities living in Portugal and the role of artistic creation in the process of drawing different cultures together.  Communities of African descent and their presence in cultural institutions and society in general. To support artists, festivals and educational institutions, as well as to give assistance to young performers and creators who are starting their careers. These are the main lines guiding the nearly twenty programs we are proposing for 2024.

##### We launch this season knowing that the path can shape our intentions, making them more suited to the needs of those who can benefit from it, and while it is true that not all projects will reach the point where we initially imagined them, when driven by a creative and conciliatory spirit they will certainly bring about change.

##### This is where we propose to meet. In a home of the world.
##### ⎯
##### Rui Lopes Graça
##### JAN 2024



2024 SEASON

TEMPORADA 2024

"Fazer falar o fazer — dispositivos para criar discurso sobre práticas artísticas", pensado e desenvolvido em colaboração com David Marques, é o primeiro projeto residente da artista convidada para estar EM CASA ao longo de toda a temporada 2024. 

"Ao longo dos nossos percursos, temos sentido falta de ocasiões que promovam a produção de reflexão e discurso sobre a prática artística e assistido à escassez de registos que documentem e façam existir, por um tempo mais lato e por uma geografia mais alargada, aquilo que, artistas como nós, andamos a fazer. Fazer falar o fazer surge assim da vontade de que o trabalho da nossa geração tenha um lugar para se inscrever e do desejo de juntar comunidade em torno das questões que nos movem e nos ocupam na nossa prática artística, que confiamos serem fonte de produção de conhecimento fundamental. Neste contexto, iremos desenvolver diferentes dispositivos para fomentar o pensamento, a palavra e a escuta, e proporcionar o encontro entre artistas e entre artistas e público. — Teresa Silva e David Marques

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"Fazer falar o fazer", de Teresa Silva e David Marques

##### _Fazer falar o fazer [“Making the doing speak”] - tools for creating speech about artistic practices_

##### This project, conceived and developed by David Marques and Teresa Silva, arises from the desire to make the work of their generation more visible and to bring the community together around the issues that move and engage them in their artistic practices. In this sense, the artists will develop different tools to encourage thinking, speaking and listening, and provide encounters between artists and between the artists and the audience.

AT HOME — Fazer falar o fazer

_Em Casa_ é um espaço destinado a criadores(as) da área da dança, propondo que ao longo de uma temporada desenvolvam o seu trabalho nos EVC. Depois da presença de Miguel Moreira, João dos Santos Martins, Jonas & Lander, Marlene Monteiro Freitas e Victor Hugo Pontes, em 2024 acolhemos as propostas de Teresa Silva, que nos dará a conhecer o seu trabalho nas suas várias facetas e dimensões.

Durante um ano de intervenção, vários programas da sua autoria ou em colaboração com convidados(as) habitarão os espaços dos EVC.

Teresa Silva (Lisboa, 1988) dedica-se à investigação, criação e interpretação nas áreas da dança contemporânea e da performance desde 2008. Vê a dança como algo que excede o corpo físico, o que se traduz num trabalho de atenção e sensibilidade, bem como numa abordagem multidisciplinar ao movimento.

A artista trará aos EVC um conjunto de propostas muito diferentes entre si, em colaboração com Sara Anjo, David Marques, Kristina Norman, Mathieu Bouvier, Loic Touzé, entre outros(as).

_Oráculo expandido - para uma investigação sobre práticas de cuidado, atenção e relação_
Sara Anjo e Teresa Silva andam desde 2017 interessadas em investigar as potencialidades do corpo enquanto lugar de conhecimento e de revelação, tendo já desenvolvido laboratórios e uma peça a partir da premissa «pode o corpo ser um oráculo?» Há uma grande diversidade de pessoas que partilham esta curiosidade pelo desenvolvimento de práticas que visam uma consciência holística do corpo e _Oráculo expandido_ é um convite a dar continuidade a esta investigação, abrindo-a a outras pessoas e expandindo a pesquisa para outras linguagens, práticas e perspetivas.

_Fazer falar o fazer - dispositivos para criar discurso sobre práticas artísticas_
Este projeto, pensado e desenvolvido por David Marques e Teresa Silva, surge da vontade de que o trabalho da sua geração tenha um lugar onde se inscrever e do desejo de juntar comunidade em torno das questões que os movem e ocupam nas suas práticas artísticas. Nesse sentido, os artistas irão desenvolver diferentes dispositivos para fomentar o pensamento, a palavra e a escuta, e proporcionar o encontro entre artistas e entre artistas e público.

_Carnation_
Depois de terem colaborado em _Orchidelirium - An appetite for Abundance_, projeto apresentado na Bienal de Veneza (2022), a artista visual estoniana Kristina Norman junta-se a Teresa Silva para conceber uma nova criação para palco. Desta vez, as artistas partem do cravo vermelho enquanto símbolo de poder e liberdade, procurando pôr em diálogo a cultura e a história dos respetivos países de origem.

_Ah! - Sessões de experimentação para uma prática artística transformadora_
Nesta proposta, liderada por Teresa Silva, a artista pretende evidenciar como a prática artística gera estados de atenção, autoconhecimento e transformação que intensificam as potencialidades do ser humano. Nestas sessões, que serão individuais, cada pessoa será convidada a escutar o que a afeta no momento presente para, a partir daí, trabalharem em conjunto num caminho sensível e experimental, intersectando os campos artístico e terapêutico.

Para preparar estas sessões, Teresa Silva apoia-se na investigação desenvolvida com Sara Anjo em torno da questão «pode o corpo ser um oráculo?» e encontra inspiração no trabalho de artistas como Anna Halprin, Lygia Clark (Objetos relacionais), Alejandro Jodorowsky (Psicomagia) e Valentina Desideri (Fake Art Therapy), que fizeram e fazem da sua prática artística lugares de afeto, ritual e cura.


Em Casa ⏤ Teresa Silva

EM CASA — Fazer falar o fazer

_Que capacidade é essa do corpo que transporta o que observamos e o encerra numa folha de papel? Falo do corpo a transmutar-se em desenho, numa fusão intrincada entre olhos, mãos e papel. É como o desenvolvimento de um músculo mental que de forma misteriosa se prolonga pelo braço, chega à mão e percorre o papel. Transforma-se em movimento e dinâmica. Há pessoas das artes performativas que desenham mesmo antes de usarem o corpo como instrumento. Luís Guerra, João Galante e Elizabete Francisca são algumas dessas pessoas. Estas exposições revelam três formas diferentes de usar a musculatura mental, cada uma com a sua identidade e beleza. O desenho é um ato físico que requer tempo, memória, foco, prática, vontade, resistência e liberdade. É como dança._
― Carlota Lagido

###### Curadoria
#### Carlota Lagido

###### Artistas convidados(as)
#### Elizabete Francisca
#### João Galante
#### Luís Guerra

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Espaço Expositivo

Múmias ou como homenagear um corpo — Luís Guerra

Divã — João Galante

_What is this capacity of the body that takes what we observe and puts it on a sheet of paper? I'm talking about the body transmuting itself into a drawing, in an intricate fusion between eyes, hands and paper. It's like the development of a mental muscle that mysteriously extends down the arm, reaches the hand and travels across the paper. It turns into movement and dynamism. There are people in the world of performing arts who have been drawing even before they started using their bodies as tools. Luís Guerra, João Galante and Elizabete Francisca are some of these people. These exhibitions reveal three different ways of using mental muscles, each with its own identity and beauty. Drawing is a physical act that requires time, memory, focus, practice, will, endurance and freedom. It's like dancing._ ― Carlota Lagido

###### Curator
#### Carlota Lagido

###### Artists
#### Elizabete Francisca
#### João Galante
#### Luís Guerra


BRAIN, EYES, HANDS AND PAPER

A entrada no espaço dos EVC passou a ser lugar de exposições, recebendo em continuidade propostas de artistas visuais cujo trabalho tem uma ligação às artes performativas em geral e à dança em particular. Este ano, acolhemos uma proposta de curadoria de Carlota Lagido, que convidou três artistas da dança que têm uma forte ligação às artes visuais - Luís Guerra, João Galante e Elizabete Francisca - e  uma proposta de Guilherme Gouveia, que apresenta o resultado da residência de fotografia que realizou nos EVC em 2023.


### _cérebro, olhos, mãos e papel_
##### Curadoria de Carlota Lagido
##### 

### Exposição de fotografia
##### Guilherme Gouveia





cérebro, olhos, mãos e papel

### Divã
_Quando pinto tento fazer o mesmo que quando toco ou componho música. Criar um espaço onde não tenha responsabilidades perante a sociedade. Um espaço onde possa refletir sobre o mundo ou nem por isso. Um estado de entrega. Um descanso._ — João Galante


### cérebro, olhos, mãos e papel
_Que capacidade é essa do corpo que transporta o que observamos e o encerra numa folha de papel? Falo do corpo a transmutar-se em desenho, numa fusão intrincada entre olhos, mãos e papel. É como o desenvolvimento de um músculo mental que de forma misteriosa se prolonga pelo braço, chega à mão e percorre o papel. Transforma-se em movimento e dinâmica. Há pessoas das artes performativas que desenham mesmo antes de usarem o corpo como instrumento. Luís Guerra, João Galante e Elizabete Francisca são algumas dessas pessoas. Estas exposições revelam três formas diferentes de usar a musculatura mental, cada uma com a sua identidade e beleza. O desenho é um ato físico que requer tempo, memória, foco, prática, vontade, resistência e liberdade. É como dança._  ― Carlota Lagido

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##### 

###### INAUGURAÇÃO
##### 24 MAIO às 18h30
##### Estúdios Victor Córdon

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"Divã", de João Galante

Inauguração

### Divã

_When I paint I try to do the same as when I play or compose music. To find a place where I have no responsibilities towards society. A place where I can either meditate on the world or not at all. A state of surrender. A state of rest._ — João Galante

### brain, eyes, hands and paper

_What is this capacity of the body that takes what we observe and puts it on a sheet of paper? I'm talking about the body transmuting itself into a drawing, in an intricate fusion between eyes, hands and paper. It's like the development of a mental muscle that mysteriously extends down the arm, reaches the hand and travels across the paper. It turns into movement and dynamism. There are people in the world of performing arts who have been drawing even before they started using their bodies as tools. Luís Guerra, João Galante and Elizabete Francisca are some of these people. These exhibitions reveal three different ways of using mental muscles, each with its own identity and beauty. Drawing is a physical act that requires time, memory, focus, practice, will, endurance and freedom. It's like dancing._ ― Carlota Lagido

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##### 

###### VERNISSAGE
##### MAY 24 at 6.30pm
##### Estúdios Victor Córdon

João Galante ― Divã

Artista convidado

Curadoria

Próximas exposições

O _KickOff'24_, formação intensiva dirigida a bailarinos(as) profissionais, mergulha este ano no universo artístico de Akram Khan. Em 2024, o programa terá a duração de uma semana, e, como habitualmente, acontecerá logo após a época estival, nos EVC.

A próxima edição do programa acontece entre 2 e 6 de setembro de 2024 e conta com Nico Ricchini como formador.


###### Horários
##### 2 SET — 6 SET
##### 10:00-13:30
##### PAUSA
##### 14:30-17:30

###### Público-alvo
Profissionais da dança

###### Limite de participantes
30 pessoas

###### Preço ⎯ 220€

###### Este programa tem o apoio da Fundação GDA 

###### Bolsas Fundação GDA disponíveis
##### A Fundação GDA apoia esta formação atribuindo bolsas para a frequência*
##### 9 Bolsas para Cooperadores GDA (70€)
##### 13 Bolsas para Não Cooperadores GDA (130€)
##### * as bolsas da Fundação GDA são cedidas por ordem de confirmação da inscrição.

###### Inscrições online

###### Seguro de acidentes pessoais obrigatório

###### Sobre o formador
##### Formou-se em Ballet em Lyon e em Dança Contemporânea em Barcelona, na Varium. Nos últimos dez anos, trabalhou com diversos artistas e companhias, tais como Pepe Hevia Danza (Cuba), Fernando Madagan (Nederlands Dans Theater), Tupac Martir em Londres, Emma Martin Dance, Akram Khan Company para a Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de 2012, La Taimada, CLOD Ensemble e Lali Ayguadé Company, entre outros.
 
O facto de ter interpretado o solo Chotto Desh para a Akram Khan Company, numa digressão internacional de três anos, representou um ponto alto da sua carreira: uma obra traduzida em seis línguas, apresentada em 85 cidades e vista por mais de 110 000 espectadores. Também foi ator, juntamente com Lali Ayguadé, na curta-metragem Timecode, de Juanjo Giménez, vencedora de vários prémios e nomeada para um Óscar.
 
Como empreendedor na área da dança, Nico tem lançado projetos inovadores de educação em dança contemporânea em Barcelona, como o FREE BODIES (desde 2018) e o FREE ROOTS (desde 2022), programas que co-dirige com Nadine Gerspacher. Desde 2018, está à frente da Big Story Productions, que produz e comercializa produções e projectos de dança contemporânea, bem como representa artistas ousados e audazes. Em 2020, voltou a trabalhar com a Akram Khan Company como diretor de ensaios e intérprete de Chotto Xenos. Desde 2022, fundou o espaço criativo FREEZONE para apoiar a criação, o movimento e a performance em Barcelona.


###### Sobre Akram Khan
##### Akram Khan (ele/dele) é um artista essencial e mundialmente reconhecido no campo da dança na atualidade. Ao longo dos últimos 23 anos, as suas obras têm contribuído significativamente para as artes no Reino Unido e também fora do país. De entre as suas obras mais famosas, são de destacar _Jungle Book Reimagined_, _Outwitting the Devil_, _XENOS_, _Until the Lions_, _Kaash_, _iTMOi (in the mind of igor)_, _DESH_, _Vertical Road_, _Gnosis_ e _zero degrees_. 

Khan tem colaborado com artistas de outras culturas e disciplinas, tais como o Ballet Nacional da China, Juliette Binoche, Sylvie Guillem, Kylie Minogue, Florence + The Machine, Anish Kapoor, Antony Gormley, Tim Yip, Hanif Kureishi, Steve Reich, Nitin Sawhney, Jocelyn Pook ou Ben Frost. 

A obra de Khan é considerada profundamente comovente, chegando mesmo a poder ser lida como ritual, dada a influência que a dança clássica Kathak tem nela. “Vejo as coisas com a lente do kathak”, ouvimo-lo dizer. Os primeiros solos de Khan atraíram rapidamente a atenção, pois não só era ousado e inventivo nas suas experiências com o Kathak, como mostrava ser um bailarino magnético e hipnotizante, capaz tanto de uma quietude cativante como de uma velocidade galvânica.

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This year's _KickOff'24_, an intensive training program for professional dancers, delves into the artistic world of Akram Khan. In 2024, the program will last one week and, as usual, will take place just after the summer season, at the EVC.

This coming edition will be held from September 2 to 6, 2024, and Nico Ricchini will be the trainer.


###### Schedule
##### SEP 2 — 6
##### 10am-1:30pm
##### BREAK
##### 2:30pm-5:30pm

###### Target audience
Dance professionals

###### Maximum number of participants
30 people

###### Price ⎯ 220€

###### This program has the support of GDA Foundation

###### GDA Foundation grants available
##### The GDA Foundation supports this training by providing grants for attendance*.
##### 9 Grants for GDA Cooperators (70€)
##### 13 Grants for Non-Cooperators (130€)
##### * GDA Foundation grants are allocated in accordance with the order in which registration is confirmed.

###### Online registration

###### Personal accident insurance required

###### About the trainer
##### Nico Ricchini (he/him) trained in Ballet in Lyon and in Contemporary Dance in Barcelona in Varium. Over the past ten years, he has worked with artists and companies such as Pepe Hevia Danza (Cuba), Fernando Madagan (Nederlands Dans Theater), Tupac Martir in London, Emma Martin Dance, Akram Khan Company for the Opening Ceremony of the 2012 Olympic Games, La Taimada, CLOD Ensemble and Lali Ayguadé Company among others.

His performance of the solo Chotto Desh for Akram Khan Company on a three-year international tour was a highlight of his career: a work translated in six languages, hosted in 85 cities and seen by more than 110,000 spectators. He has also been an actor, together with Lali Ayguadé, in the multi-award winning and Oscar nominee shortfilm Timecode by Juanjo Giménez.

As a dance entrepreneur, Nico has initiated innovative projects in Barcelona for the education of contemporary dance such as the FREE BODIES (since 2018) and FREE ROOTS (since 2022), programes that he co-directs together with Nadine Gerspacher. Since 2018, he directs Big Story Productions which produces and sells contemporary dance production and projects as well as represents bold and audacious artists. In 2020, started working again with Akram Khan Company as a rehearsal director and performer for Chotto Xenos. Since 2022, he’s founded the creative venue FREEZONE to support creation, movement and performance in Barcelona.

###### About Akram Khan
##### Akram Khan (he/him) is an essential and world-renowned artist in the field of dance today. In just over 23 years he has created a body of work that has contributed significantly to the arts in the UK and abroad. His most famous works include _Jungle Book Reimagined_, _Outwitting the Devil_, _XENOS_, _Until the Lions_, _Kaash_, _iTMOi (in the mind of igor)_, _DESH_, _Vertical Road_, _Gnosis_ and _zero degrees_. 

Khan has been a magnet to world-class artists from other cultures and disciplines, including the National Ballet of China, actress Juliette Binoche, ballerina Sylvie Guillem, singer Kylie Minogue, indie rock band Florence and the Machine, visual artists Anish Kapoor, Antony Gormley and Tim Yip, writer Hanif Kureishi and composers Steve Reich, Nitin Sawhney, Jocelyn Pook and Ben Frost.

Khan's work is considered deeply moving, and can even be read as ritual, given the influence that classical Kathak dance has on it. "I see things through kathak eyes," we heard him say. Khan's first solos quickly caught the eye, as not only was he daring and inventive in his Kathak experiments, but he also proved to be a magnetic and mesmerizing dancer, capable of both captivating stillness and galvanic speed.

Throughout his career, Khan has received numerous awards. He has received two Laurence Olivier Awards, the Bessie Award - New York Dance and Performance, the ISPA Distinguished Artist (from the International Society for the Performing Arts), the Fred & Adele Astaire Award, the South Bank Sky Arts Award and nine Critics' Circle National Dance Awards, among many others. 

KICK OFF'24

Programa de uma semana dedicado à prática de dança para profissionais que propõe uma formação intensiva no reinício das atividades após a época estival, este ano com um mergulho no universo artístico de Akram Khan.


###### Público-alvo
Profissionais da dança

###### Preço ⎯ 220€

##### Este programa tem o apoio da Fundação GDA

###### Inscrições online

###### Seguro de acidentes pessoais obrigatório



Chegada à sua 3ª edição, a série _Uma Coleção para Amanhã – Eixo Atlântico_ traz-nos conversas com criadores(as) de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Depois de António Tavares, Bibiana Figueiredo e Luciény Kaabral & Nuno Barreto, Mano Preto, Aneth Silva e Miguel Carlos, e Mónica Anapaz, a série encerra com um último episódio em que a convidada é a artista angolana Ana Clara Guerra Marques.

###### Ana Clara Guerra Marques
##### Ana Clara Rodrigues Guerra Marques é Mestre em Performance Artística – Dança e Licenciada em Dança na especialidade de Pedagogia. Bailarina, coreógrafa e investigadora, tem vários artigos publicados em periódicos angolanos e revistas de especialidade estrangeiras. Trabalhou durante 37 anos no Ministério da Cultura angolano, onde foi directora e professora da Escola Nacional de Dança. Membro das comissões do Instituto Superior de Artes e do Instituto Médio de Artes. Foi também Consultura do Vice-Ministro e da Ministra da Cultura de Angola. A implementação da Dança Inclusiva é outra das suas contribuições para uma diversificação do olhar sobre a dança no país. É membro individual do Conselho Internacional da Dança da UNESCO e professora convidada em diversas universidades fora de Angola.

###### Podes assistir à sétima e última conversa da Coleção [aqui](https://www.youtube.com/watch?v=RYdoeMgGS2k), com legendas em inglês.



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Uma Coleção para Amanhã ● Eixo Atlântico 

##### Now in its third edition, the series _A Collection for Tomorrow - Atlantic Axis_ features conversations with artists from Angola, Cape Verde and São Tomé e Príncipe. After António Tavares, Bibiana Figueiredo, Luciény Kaabral & Nuno Barreto, Mano Preto, Aneth Silva & Miguel Carlos, and Monica Anapaz, the series comes to an end with a last episode featuring angolan artist Ana Clara Guerra Marques.

###### Ana Clara Guerra Marques
Ana Clara Rodrigues Guerra Marques holds a M.A. in Artistic Performance (Dance) and a B.A. in Dance (Pedagogy). A dancer, choreographer and researcher, she has published numerous papers in Angolan journals and foreign dance magazines. She worked for 37 years in the Angolan Ministry of Culture, directing and teaching at the National Dance School. A member of the committees of both the Higher and the Middle Institute of Arts, she served as consultant to the Angolan Deputy Minister and Minister of Culture. The implementation of Inclusive Dance is another of her contributions to a diversified approach to dance in Angola. She's an individual member of UNESCO’s International Dance Council and a visiting professor at many universities outside Angola.

###### You can watch the Collection's seventh and last conversation [here](https://www.youtube.com/watch?v=RYdoeMgGS2k), with English subtitles.

A Collection for Tomorrow ● Atlantic Axis⏤ with Ana Clara Guerra Marques

Chegada à sua 3ª edição, que sucede uma série de conversas dedicada a artistas e ativistas culturais de Moçambique, _Uma Coleção para Amanhã_ irá em 2023 e início de 2024 viajar no eixo Atlântico. Cristina Peres convida criadores de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, num total de sete episódios. 

##### ⎯

##### Já poucos se lembram da distância social imposta pela pandemia que em 2020 e 2021 nos obrigou a imaginar outras possibilidades de comunicar e provocar encontros improváveis. A parte feliz dessas limitações foi a forma como as ultrapassámos e chegámos longe. Ganhámos o recuo que nos permitiu formular as perguntas que ainda não tínhamos feito e auscultámos a ressonância das experiências muito para além do tempo em que aconteceram. **Decidimos conversar**.
##### O ano de 2021 foi preenchido com _Uma Coleção para Amanhã_, dez conversas com dez pessoas convidadas a refletir sobre criação, mundo, arte, política, formando um todo de vivências que contribuíram e constituíram o movimento organizado de forma tão singular nos últimos 30, 40 anos, o qual nos trouxe até aqui.
##### Pelo caminho, **influenciámo-nos uns aos outros**. Em 2022, e porque a dança viaja, vai, volta e compara-se, inventámos uma forma de construir uma ponte com dois sentidos ligando Lisboa a Maputo. Na verdade ela já existia, o que fizemos foi convidar quem fez o percurso de cá para lá e de lá para cá a contar tudo numa nova coleção de dez conversas. Em que momento descobrimos coisas melhores do que nós próprios ao mesmo tempo que encontrámos em nós vestígios daquilo que imaginávamos que seria dos outros?
##### Os fios invisíveis que associam a memória do corpo às outras todas não se esgotam facilmente, foi a conclusão destes novos dez diálogos que reunimos à distância. Então, porque não espalhar a conversa do Índico para o lado do Atlântico e voltar a propor para 2023 a sistematização de uma nova coleção de conversas? Lisboa - Cabo Verde, Angola e S. Tomé e Príncipe aguardam ligação.
##### Cristina Peres, 2023


###### Artistas convidados(as):
##### Ana Clara Guerra Marques (Angola)
##### Aneth e Miguel Carlos (Angola)
##### António Tavares (Cabo Verde)
##### Bibiana Figueiredo (São Tomé e Príncipe)
##### Lucièny Cabral & Nuno Barreto (Cabo Verde)
##### Mano Preto (Cabo Verde)

###### Pode assistir à Coleção [AQUI](https://youtu.be/VqGBXj5Xl00).


Uma Coleção para Amanhã ⏤ Eixo Atlântico

Realizador

Artista convidada

Captação e edição

Tradução e legendagem

Design

Apoio

Produção

Uma Coleção para Amanhã ● Eixo Atlântico ⏤ conversa com Ana Clara Guerra Marques

_Falar as Danças_ apresenta uma série de episódios, tanto em português como em inglês, em que artistas da cena internacional da dança contemporânea discutem questões que fazem da dança e da coreografia um terreno inesgotável de experimentação, problematização e pensamento. 

Uma co-produção entre os Estúdios Victor Córdon e a Associação Parasita, com curadoria de Carlos Manuel Oliveira.

Neste novo episódio, convidámos Ana Borralho&João Galante a escrever e ler-nos um texto seu, intitulado “Quarto Escuro”. 

Borralho e Galante trabalham juntos nos seus próprios projetos de performance, dança, instalação, fotografia, som e videoarte, que apresentam por todo o mundo. Conheceram-se enquanto estudavam artes visuais no AR.CO, em Lisboa, e trabalharam juntos regularmente nos anos 90 como actores/co-criadores no grupo de teatro Olho em Cacilhas/Almada. Cofundaram a banda de não-músicos Jimmie Durham e a associação cultural Casa Branca, foram cocuradores do festival de música eletrónica Electrolegos em Lagos e dirigem o festival Verão Azul em Lagos e Loulé. Vivem e trabalham em Lisboa e Lagos.


###### A série é publicada nas seguinte plataformas:
 [Spotify](https://open.spotify.com/show/2PHvgkPmXnidSDjLB8p2bo), [Apple Podcasts](https://shorturl.at/lsuZ5), [Google Podcasts](https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy9lYjQzNWQ3OC9wb2RjYXN0L3Jzcw?sa=X&ved=0CAMQ4aUDahcKEwi48K2uxuKEAxUAAAAAHQAAAAAQAQ), [Pocket Casts](https://pca.st/kkj0nozt), [Radio Public](https://shorturl.at/ovyW0), [Castbox](https://shorturl.at/dmyGJ) [Soundcloud](https://shorturl.at/fvJK9) e [Amazon Music](https://rb.gy/olashn).

###### Também podes ter acesso aos episódios traduzidos (PT - EN) [AQUI](https://youtube.com/playlist?list=PLAO_nJtqGJzGPOnQvAth35cyIRcrYdZj3&si=QVHV3gqgq_vtLqzl).



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Ana Borralho & Joãoo Galante

Wording Dances presents a series of episodes, both in english and portuguese, where renowned artists from the international contemporary dance scene discuss matters which make of dancing and choreographing an inexhaustible terrain of experimentation, problematization and thinking. 

In a co-production between Estúdios Victor Córdon and Parasita Association, it is curated by Carlos Manuel Oliveira. 

In this new episode of Wording Dances, we invited Ana Borralho and João Galante to write and read us a text entitled “Dark Room”. 

Borralho and Galante work together on their own performance, dance, installation, photography, sound and video art projects, which they present all around the world. They met when they were studying visual arts at the Ar.Co, in Lisbon, and in the 90s they worked regularly together as actors/co‑creators in the theater group OLHO in Cacilhas/Almada. They co-founded the non-musicians band Jimmie Durham and the cultural association casaBranca, they were co-curators of the Electrolegos electronic music festival in Lagos, and they direct the Verão Azul festival in Lagos and Loulé. They live and work in Lisbon and Lagos.

###### The series is published in the following platforms:  
[Spotify](https://open.spotify.com/show/2PHvgkPmXnidSDjLB8p2bo), [Apple Podcasts](https://shorturl.at/lsuZ5), [Google Podcasts](https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy9lYjQzNWQ3OC9wb2RjYXN0L3Jzcw?sa=X&ved=0CAMQ4aUDahcKEwi48K2uxuKEAxUAAAAAHQAAAAAQAQ), [Pocket Casts](https://pca.st/kkj0nozt), [Radio Public](https://shorturl.at/ovyW0), [Castbox](https://shorturl.at/dmyGJ) [Soundcloud](https://shorturl.at/fvJK9) e [Amazon Music](https://rb.gy/olashn).

###### You can also access translated episodes (PT - EN) [HERE](https://youtube.com/playlist?list=PLAO_nJtqGJzGPOnQvAth35cyIRcrYdZj3&si=7hKHMyZVRYaJdhf1).

Wording Dances ⏤ Ep. 6 with Ana Borralho & João Galante

Agora na segunda edição, Parceiros de Temporada desenvolve-se em parceria com estruturas de produção artística independente, durante uma ou mais temporadas, com o objetivo de realizar projetos de interesse comum.

O programa, que tem desenvolvido projetos com a Associação Parasita, a Ordem do O e o portal Coffeepaste, amplia o espaço dedicado às práticas artísticas e de investigação da comunidade artística, fomentando a partilha da responsabilidade na ação e incentivando a cooperação entre estruturas. Na presente edição, mantemos as parcerias já estabelecidas e iniciamos uma colaboração com a Associação VAI, que consiste no Projeto OU.kupa.

### Associação VAI
#### Projeto OU.kupa
##### curadoria de Piny
##### ⎯ **Residências OU.kupa**
##### Estas residências visam a abertura de espaço e tempo de pesquisa artística em estúdio, com mentoria, para áreas de dança que não têm tido tanto foco e presença nos espaços institucionais em Portugal, mas que fazem parte da construção artística do tecido cultural, muitas vezes invisibilizado.
##### ⎯ _**OU.kupando - o que cabe na(s) dança(s) contemporânea(s)?**_
##### Esta proposta pretende alargar o espectro de técnicas que são partilhadas na prática diária para profissionais de dança contemporânea oferecidas pelos EVC, possibilitando a inscrição de novas histórias da dança, novas narrativas que completem as ausências existentes.
### Parasita
#### _**Falar as Danças**_ 
##### Curadoria de Carlos Manuel Oliveira
##### Série de palestras em formato de podcast, em que artistas distintos(as) do panorama internacional discorrem sobre matérias que fazem da dança contemporânea e das suas diversas manifestações um inesgotável terreno de problematização e criação.
#### _Pensar a Audiodescrição em Dança Contemporânea_
##### Experiência coletiva de formação e pesquisa com curadoria de Ana Rita Teodoro que passará pelos EVC na fase de observação de dança clássica e contemporânea.

### Ordem do O
#### _**Ecossistema.danças.corpos**_
##### Série 2
##### Curadoria de Cláudia Galhós e mediação de Natacha Campos
##### _Ecossistema.danças.corpos_ é um projeto em movimento, transformação e atualização, composto por conversas, masterclasses, palestras e oficinas. Nele, fomenta-se o contacto com formas alternativas de partilha num contexto estimulante de encontro entre artistas e público.

### Coffeepaste
#### **Workshops e Formação**
##### Série 2
##### No contexto da parceria com o Coffeepaste, este portal, destinado à divulgação das artes performativas, proporá mais um ciclo de eventos dedicados ao estudo da dança, que passará pela realização de workshops e pela partilha de práticas artísticas nesta área.


Parceiros de Temporada

Música (genérico)

Música (episódio)

Sonoplastia e distribuição

Design e vídeo

Co-produção

Falar as Danças ⏤ Ep. 6 com Ana Borralho & João Galante

Chegada à sua 3ª edição, a série _Uma Coleção para Amanhã – Eixo Atlântico_ traz-nos conversas com criadores(as) de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Depois de António Tavares, Bibiana Figueiredo e Luciény Kaabral & Nuno Barreto, Mano Preto, e Aneth Silva e Miguel Carlos, é a vez de Mónica Anapaz, artista da dança angolana.

###### Mónica Anapaz
##### Mónica Anapaz no Instagram é “@dansaddicted”. Ilustra o quanto a dança ocupa a vida desta angolana nascida em Luanda, cidade onde estudou dança seguindo depois para a Escola Superior de Dança de Lisboa. Faz estágios profissionais e participa em espetáculos fora de Angola aprofundando conhecimentos com vários coreógrafos. Começa a criar coreografias a partir de 1993, integra a Companhia de Dança Contemporânea de Angola como bailarina e professora de composição coreográfica em 1996 e co-funda e dirige, três anos mais tarde, a companhia de dança contemporânea Dançarte. Também ensinou e dirigiu a Companhia de Dança da ZAP (canal de televisão). Em 2010 integrou como bailarina um espetáculo da companhia EDIT de Irène Tassembédo, no Burkina Faso. Em 2013 trabalha no Centre de Danse du Marais, Paris. 

###### Podes assistir à sexta conversa da Coleção [aqui](https://youtu.be/6VH-YogjoJo), com legendas em inglês.



##### Now in its third edition, the series _A Collection for Tomorrow - Atlantic Axis_ features conversations with artists from Angola, Cape Verde and São Tomé e Príncipe. After António Tavares, Bibiana Figueiredo, Luciény Kaabral & Nuno Barreto, Mano Preto, and Aneth Silva & Miguel Carlos, it's time for Cristina Peres to interview the angolan dance artist Mónica Anapaz.

###### Mónica Anapaz
##### Mónica Anapaz is "@dansaddicted" on Instagram. That shows how much dance occupies the life of this Angolan born in Luanda, where she studied before enrolling at Lisbon School of Music. She did professional internships and performed outside Angola, deepening her knowledge with various choreographers. She began choreographing in 1993, in 1996 she joined the Contemporary Dance Company of Angola as a dancer and dance composition teacher, and, three years later, she co-founded and directed the contemporary dance company Dançarte. She also taught at and directed the ZAP (TV station) Dance Company. In 2010, in Burkina Faso, she took part as a dancer in a performance by Irène Tassembédo's EDIT company.

###### You can watch the Collection's sixth talk [here](https://youtu.be/6VH-YogjoJo), with English subtitles.

A Collection for Tomorrow ● Atlantic Axis⏤ with Mónica Anapaz

Uma Coleção para Amanhã ● Eixo Atlântico ⏤ conversa com Mónica Anapaz

Como estão estes corpos unidos? O que nutre e desafia a sua união? Até onde é sustentável a escolha desta união? Estas são as questões que habitam esta peça onde o coletivo emerge da força do singular. Onde a escuta é sensível e constitui a base de diálogo entre os corpos, o espaço e o público. Corpos estes que questionam na sua dança o coletivo, a cooperação e interdependência valorizando a importância da voz do singular e da diferença como forma de integridade do grupo.

Maria define a sua prática artística como um ecossistema onde a diversidade de práticas, contextos e expressões artísticas e laborais contribuem e nutrem a sua relação com a paisagem artística.

###### Ficha artística
##### Coreografia | Maria Ferreira Silva
##### Intérpretes | Sara Martins, Sofia Brito, Susana Vilar
##### Desenhador de luz | Filipe Pereira 
##### Produção | Alicja Gladysz
##### Assistente de produção | Luana Fernandes


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"AZUL", de Maria Ferreira Silva 

AZUL ― Maria Ferreira Silva

Este programa de apoio à criação artística independente acolhe criadores(as) na área da dança e noutras áreas de cruzamento artístico, a nível nacional e internacional, por um período máximo de duas semanas. 

As candidaturas são recebidas em contínuo e as residências são integradas na agenda dos Estúdios por ordem de chegada das respetivas propostas. Desde a sua génese, os EVC são um espaço de coabitação de múltiplas linguagens, respondendo em proporção direta às necessidades da comunidade artística.

Residências Artísticas

#### Regressam as noites de verão, regressamos ao Largo de São Carlos.

Os Estúdios Victor Córdon encerram mais uma edição do Millennium Festival ao Largo nas noites de 31 de julho e 1 de agosto com o espetáculo da 7ª edição do programa _Território_.

##### A 16ª edição do Millennium Festival ao Largo decorre de 11 de julho a 01 de agosto, com programação da Companhia Nacional de Bailado, do Teatro Nacional de São Carlos e convidados e dos Estúdios Victor Córdon.

Programação completa do festival [aqui](https://www.festivalaolargo.pt).

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##### _Julho é o mês de encontro no Largo. Regressamos ao Largo de São Carlos para mais um momento de celebração, que já faz parte da agenda e das noites de verão lisboetas. No coração de Lisboa, o Largo transforma-se, durante cerca de um mês num espaço de encontro, onde a dança e a música se cruzam. Numa combinação entre o clássico e o contemporâneo, celebramos a Liberdade e os 50 anos da sua história. Foi no coração de Lisboa que Abril nasceu e é nesta celebração da memória e do passado que transformamos o Largo em Liberdade. Um Largo de Liberdade. Um Festival e um Largo em que a música e a dança poderão assim, uma vez mais, ser desfrutadas em total liberdade e em plena alegria._

##### _O Millennium Festival ao Largo mantém o espírito de partilha e de uma cultura acessível e gratuita a todos, no cumprimento da missão que nos tem guiado desde a primeira edição. Aos espetáculos e concertos, juntamos nesta 16ª edição ateliers para crianças e famílias dedicados à exploração da dança e da música._

##### _O Festival é um conceito desenvolvido e produzido pelo OPART e pelas três estruturas artísticas que gere ⏤ o Teatro Nacional de São Carlos, a Companhia Nacional de Bailado e os Estúdios Victor Córdon ⏤ que fazem do Largo um espaço comum de celebração e participação. O Millennium bcp é o patrocinador principal do Festival._

##### _Um regresso ao lugar de sempre, um Largo de Liberdade, encontro e arte._


###### Território VII

##### Em 2024, e em linha com a restante programação da temporada, propomos um espetáculo que traz pistas de caminhos possíveis para a dança na contemporaneidade. Por um lado, convidámos o coreógrafo consagrado britânico-bangladechiano Akram Khan, que, ao transportar elementos da dança clássica indiana Kathak para as suas criações, contribui para uma redefinição da nossa ideia do que é dançar. E, por outro lado, receberemos nos EVC Jermaine Spivey, coreógrafo norte-americano em clara ascensão, que, a par de uma brilhante carreira enquanto intérprete, convoca ativamente a ideia de uma prática colaborativa nos seus processos de criação.

##### _Território VII_ contará ainda com um filme do realizador João Sanchez, vencedor do prémio Território | Estúdios Victor Córdon na categoria de Melhor Realizador Português do InShadow – Lisbon ScreenDance Festival 2023. 

###### Datas
##### 31 de julho de 2024
##### 1 de agosto de 2024

###### Local
Largo de S. Carlos, Lisboa

###### Horário
##### 22h

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Território VII no MFAL

#### Summer nights are back, we're back in Largo de São Carlos.

Estúdios Victor Córdon will close another edition of the Millennium Festival ao Largo on the nights of July 31 and August 1 with the performance of the 7th edition of the _Territory_ program.

##### The 16th edition of the Millennium Festival ao Largo runs from July 11 to August 1, with a program produced by Companhia Nacional de Bailado, Teatro Nacional de São Carlos and guests, and Estúdios Victor Córdon.

Full program of the festival [here](https://www.festivalaolargo.pt).

##### The Festival is a concept developed and produced by OPART and the three artistic structures it manages ⏤ Teatro Nacional de São Carlos, Companhia Nacional de Bailado and Estúdios Victor Córdon ⏤ which make of Largo de S. Carlos a common space for celebration and participation. Millennium bcp is the Festival's main sponsor.

##### _A return to the place of always, a Largo of freedom, encounter and art._


###### Territory VII

##### In 2024, and in line with the other programs of this season, we propose a show that hints at possible new paths for contemporary dance. On the one hand, we have invited the renowned British-Bangladeshi choreographer Akram Khan, who, by incorporating elements of classical Indian Kathak dance into his works, contributes to redefining our idea of what dance is. On the other hand, EVC will welcome Jermaine Spivey, an emerging American choreographer who, alongside a brilliant career as a dancer, actively promotes the possibility of collaborative practice in his creative processes.

_Territory VII_ will also feature a film by director João Sanchez, winner of the Território | Estúdios Victor Córdon award for Best Portuguese Director from InShadow - Lisbon ScreenDance Festival 2023. 

###### Dates
##### July 31, 2024
##### August 1, 2024

###### Venue
Largo de S. Carlos, Lisbon

###### Schedule
##### 22h

Territory Program at the 16th Millennium Festival ao Largo

_Território_ é um programa dedicado a jovens bailarinos(as) com idade compreendida entre os 14 e os 18 anos, provenientes de escolas de dança de todo o país. O programa acolhe anualmente coreógrafos de relevância internacional que partilham as suas obras e processos de criação com o grupo de jovens selecionados(as) em cada edição.  

Ao longo das suas várias temporadas,_Território_ já acolheu mais de 80 jovens de todo o país, provenientes de cerca de 40 escolas de dança espalhadas por mais de 30 cidades portuguesas.

Em 2024, e em linha com a restante programação da temporada, propomos um espetáculo que traz pistas de caminhos possíveis para a dança na contemporaneidade. Por um lado, convidámos o coreógrafo consagrado britânico-bangladechiano Akram Khan, que, ao transportar elementos da dança clássica indiana Kathak para as suas criações, contribui para uma redefinição da nossa ideia do que é dançar. E, por outro lado, receberemos nos EVC Jermaine Spivey, coreógrafo norte-americano em clara ascensão, que, a par de uma brilhante carreira enquanto intérprete, convoca ativamente a ideia de uma prática colaborativa nos seus processos de criação.

_Território VII_ contará ainda com um filme do realizador João Sanchez, vencedor do prémio Território | Estúdios Victor Córdon na categoria de Melhor Realizador Português do InShadow – Lisbon ScreenDance Festival 2023. 


Território VII

Território na 16ª edição do Millennium Festival ao Largo

###### Dança Clássica
2ª – 4ª – 6ª feiras
10h00 / 11h15

###### Dança Contemporânea
3ª – 5ª feiras
10h00 / 11h15

###### Preço
3€ / aula (seguro obrigatório)



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Prática Diária

aula de dança clássica

Portugal, 1985.

André de Campos

aula de dança contemporânea

Lisboa, Portugal, 1990.

Maria Fonseca

Barreiro, Portugal, 1990.

André Cabral

1993, Leiria. 

Francisco Rolo

Cuba, 1992

Abel Rojo

###### CLASSICAL DANCE
##### Mon – Wed – Fri: 10am – 11:15am

###### CONTEMPORARY DANCE
##### Tue – Thu: 10am – 11:15am

###### PRICE
##### 3€ / class (insurance required)

DAILY CLASSES ⏤ July

Práticas diárias de dança clássica e contemporânea destinadas a intérpretes profissionais ou em vias de profissionalização na área da dança. A diversidade das propostas de formadores pretende espelhar um pensamento acerca do que pode constituir uma prática de dança nos dias de hoje. O calendário mensal da prática diária está disponível na agenda.

###### Dança Clássica
2.ª - 4.ª - 6.ª feiras: 10h00 - 11h15

###### Dança Contemporânea
3.ª - 5.ª feiras: 10h00 - 11h15

###### Preço
3€/aula (seguro obrigatório)



Aulas de Dança ⏤ Profissionais

Prática Diária ⏤ Julho

O OPART e a Fundação Millennium bcp criaram um Prémio de INCENTIVO A INÍCIO DE CARREIRA, que será atribuído a um(a) dos(as) jovens participantes do Programa Território VII – 2024, dos Estúdios Victor Córdon.

Este incentivo, patrocinado pela Fundação Millennium bcp, traduz-se no apoio à participação num estágio com a duração de duas semanas. Na sua primeira edição, o estágio será realizado no NDT 2, a companhia do Nederlands Dans Theater para bailarinos(as) com idades compreendidas entre os 18 e os 23 anos, com a qual o OPART, E.P.E. | Estúdios Victor Córdon estabeleceram um Acordo de Colaboração para este fim.

A indicação da pessoa selecionada ocorrerá no final do penúltimo espetáculo do Programa Território VII, que terá lugar no Millennium Festival ao Largo, no dia 31 de julho de 2024.

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Territorio VII

The OPART and the Millennium bcp Foundation are introducing a CAREER LAUNCH Award, which will recognize one of the young participants in Estúdios Victor Córdon's Territory VII Program – 2024.

Sponsored by the Millennium bcp Foundation, the Award provides support for a two-week internship, which, in this first edition, will take place at NDT 2, under a Collaboration Agreement established with OPART, E.P.E. and Estúdios Victor Córdon for this purpose.

The selected recipient will be announced at the end of the second-to-last performance of the Territory VII Program, which will take place at the Millennium Festival ao Largo on July 31, 2024.

MILLENNIUM BCP FOUNDATION TERRITORY AWARD

Prémio Território Millennium bcp

## Open call
#### _dança_

###### 10 — 31 JUL 2024
###### Candidaturas online

###### Rede de Residências PALOP
##### O alargamento da Rede de Residências PALOP ao território nacional acontece por iniciativa dos Estúdios Victor Córdon (EVC), e pretende promover a circulação e criação conjunta entre artistas de países africanos de Língua Oficial Portuguesa e artistas de Portugal.

##### Os(as) artistas participantes nesta primeira edição alargada são provenientes de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde e Portugal. 

###### Como nasceu...
##### A iniciativa nasce de um convite lançado pelos EVC à CulturArte* para a ampliação do projeto RIR PALOP — Rede Internacional de Residências, implementado há vários anos por aquela instituição, e da necessidade dos Estúdios Victor Córdon darem continuidade ao fluxo de artistas participantes no programa Itinerários**, realizado em parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, através do Centro Cultural Português em Maputo. O programa Itinerários, da autoria dos EVC, teve três edições entre 2021 e 2023.

##### A estas três instituições juntaram-se entidades parceiras que partilham objetivos de programação, a saber, Teatro Viriato (Viseu), CRL-Central Elétrica/Circolando (Porto) e A Oficina (Guimarães).

##### - _* A CulturArte, Centro de Desenvolvimento para as Artes do Espetáculo, particularmente da dança contemporânea, foi fundada em 1998, em Maputo, pelo bailarino e coreógrafo moçambicano Panaibra Gabriel Canda._

##### - _**Itinerários foi um programa de incentivo à criação artística dirigido a criadores(as) moçambicanos(as) da área da dança, realizado em parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, através do Centro Cultural Português em Maputo. O programa contou com um(a) mediador(a) em Maputo em cada edição —  Horacio Macuacua (2021), Edna Jaime (2022), e Panaibra Canda (2023), um mediador em Portugal — David Marques — e com três participantes — Mai-Júli Machado, Osvaldo Passirivo, Yuck Miranda  em 2021, Francisca Mirine, Leia Mabasso e Vasco Sitoe  em 2022, e Amélia Socovinho, Carolina Manuel e Diogo Igor Amaral em 2023._

###### Como irá acontecer...
##### Assim, Panaibra Canda fará a seleção de 4 artistas de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola e Cabo Verde e também de um(a) artista de Portugal, a partir do workshop-audição que terá lugar em Lisboa de 23 a 28 de setembro de 2024. No total, serão participantes na residência cinco artistas.
##### 
##### Ao longo de 5 semanas, estes(as) artistas desenvolvem trabalho colaborativo de criação nas residências artísticas programadas para Lisboa, Porto, Viseu e Guimarães. Paralelamente à criação, serão também promovidas mostras de resultados, conversas, workshops de danças dos países de proveniência dos(as) artistas convidados(as), formações nas áreas técnica, de produção e comunicação, e interações com artistas locais. **O programa termina em Maputo com a apresentação pública do trabalho realizado ao longo das residências.**


###### CALENDÁRIO DO PROCESSO DE SELEÇÃO
- Processo de seleção dos(as) quatro artistas de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola e Cabo Verde por Panaibra Canda
- Lançamento da open call para o workshop-audição — 10 JULHO
- Fecho da open call — 31 JULHO
- Divulgação das pessoas selecionadas para o workshop-audição em que será selecionado(a) o(a) participante de Portugal — início de SETEMBRO (_data a anunciar_)


###### CALENDÁRIO DO PROGRAMA

##### LISBOA
- Chegada a Lisboa dos(as) 4 participantes já selecionados(as) — 22 SET
- Workshop-audição nos Estúdios Victor Córdon — 23-28 SET

##### VISEU
- Viagem para Viseu — 29 SET
- Residência no Teatro Viriato (Viseu) — 30 SET-4 OUT
- Programa preliminar da residência:
Visita às instalações e apresentação à equipa Teatro Viriato.
Reunião preparatória da semana e apresentação de plano de trabalho.
Pré-montagens de 2 espetáculos (Ilusionismo e música) que estarão em cena nesta semana e aquisição de conhecimento prático a nível de som e luz.
Elaboração de dossiers de espetáculos e conhecimentos básicos de comunicação: imprensa e redes sociais.
Aquisição de conhecimentos de produção, logísticas e calendarização.
O estúdio de dança será alocado ao grupo toda a semana.

##### PORTO
- Viagem para o Porto — 5 OUT
- Residência CRL-Central Elétrica/Circolando (Porto) com apresentação informal de resultados — 7-12 OUT
- Programa preliminar da residência:
Residência artística em interlocução com os diretores artísticos da companhia e artistas locais. A apresentação informal dos resultados será seguida de uma conversa com o público.

##### GUIMARÃES
- Viagem para Guimarães — 13 OUT
- Residência A Oficina (Guimarães) — 14-19 OUT

##### LISBOA 
- Viagem para Lisboa — 20 OUT
- Ensaios e apresentação de resultados nos Estúdios Victor Córdon — 21-23 OUT

##### MAPUTO /MOÇAMBIQUE
- Viagem para Maputo — 24-25 OUT
- Ensaios e apresentação pública em Maputo  (local a anunciar) — 26-30 OUT



##### **Esta iniciativa tem o apoio da Direção-Geral das Artes.**





###### CANDIDATURA AO WORKSHOP-AUDIÇÃO — REQUISITOS:
- Envio de biografia 
- Carta de motivação
- Envio de solo de dança em vídeo de curta duração 
- Ter documento de viagem válido para viagens internacionais
- Disponibilidade total entre 23 de setembro e 30 de outubro

NOTAS:
##### — À pessoa selecionada serão fornecidas refeições, alojamento e transporte a cargo dos espaços de acolhimento, com exceção do período de workshop-audição em Lisboa;

##### — A pessoa selecionada contará com um apoio financeiro pela sua participação no programa. 

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OPEN CALL — Rede de Residências PALOP

Rede de Residências que promove a criação e a circulação de artistas dos países de Língua Portuguesa, entre África e Portugal. Os(as) artistas participantes na primeira edição são provenientes de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde e Portugal.

Ao longo de 5 semanas, estes(as) artistas desenvolvem trabalho de criação em colaboração nas residências artísticas programadas para Lisboa, Porto, Viseu e Guimarães. Paralelamente à criação, serão também promovidas mostras de resultados, conversas, workshops de danças dos países de proveniência dos(as) artistas convidados(as) e interações com artistas locais. O programa termina em Maputo com a apresentação pública do trabalho realizado ao longo das residências.

Esta iniciativa tem o apoio da Direção-Geral das Artes.




Rede de Residências PALOP

Coordenador

Open Call — Rede de Residências PALOP

As aulas de dança clássica para adultos destinam-se a quem pretende iniciar a sua aprendizagem ou a quem mantém uma ligação à dança clássica desde sempre e quer continuar essa prática como meio para o seu bem-estar. 

###### Dança Clássica
##### 2.ª feira
##### 4.ª feira
##### 18h15 ⏤ 19h45

###### Preço
10€/aula (seguro obrigatório)

Portugal

Anadélia Giscafré

aula dança clássica

Leiria, Portugal.

Sara Schürmann

Classical dance classes designed for beginners or for those who have always been connected to dance and want to continue this practice as a means to their well-being.

###### Classical Dance
##### Mondays
##### Wednesdays
##### 6:15 pm ─ 7:45 pm

###### Price
10€ / class (insurance required)

Dance Classes for Adults ⏤ July

As aulas de dança clássica para adultos destinam-se a quem pretende iniciar a sua aprendizagem ou a quem mantém uma ligação à dança clássica desde sempre e quer continuar essa prática como meio para o seu bem-estar. O calendário mensal destas aulas está disponível na agenda.

###### Dança Clássica
2.ª e 4ª feiras:
18h15 - 19h45

###### Preço
10€/aula (seguro obrigatório)

Aulas de Dança ⏤ Adultos

Aulas de dança para adultos ⏤ Julho

Chegada à sua 3ª edição, a série _Uma Coleção para Amanhã – Eixo Atlântico_ traz-nos conversas com criadores(as) de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Depois de António Tavares, Bibiana Figueiredo e Luciény Kaabral & Nuno Barreto, e Mano Preto, é a vez de Aneth Silva e Miguel Carlos, artistas angolanos da dança.

###### Aneth Silva
##### Bailarina, professora, coreógrafa, produtora cultural, radialista, Aneth Silva nasceu em Luanda, Angola. Licenciou-se na Faculdade de Dança Angel Vianna, no Rio de Janeiro. Bailarina nos espetáculos _Roda_, _Aquarela do Brasil_ e _Ocupar o Corpo_ do Centro de Movimento Débora Colker.
Integra a Palasa Dance Company com Miguel Carlos e dirige a Plataforma de Dança Kijingo


###### Miguel Carlos
##### Fundador, coreógrafo e diretor artístico da Palasa Dance Company, Miguel Carlos nasceu em Luanda, Angola. Estudou na Tshwane University of Technology, em Pretória, África do Sul. Trabalha na Casa das Artes, Talatona, Luanda. _Banana com Ginguba_ é uma das suas criações mais recentes, ainda em digressão.

###### Podes assistir à quinta conversa da Coleção [aqui](https://youtu.be/h0n0ehyv2cI), com legendas em inglês.



##### Now in its third edition, the series _A Collection for Tomorrow - Atlantic Axis_ features conversations with artists from Angola, Cape Verde and São Tomé e Príncipe. After António Tavares, Bibiana Figueiredo, Luciény Kaabral & Nuno Barreto and Mano Preto, it's time for Cristina Peres to interview the angolan dance artists Aneth Silva e Miguel Carlos.

###### Aneth Silva
##### A dancer, teacher, choreographer, cultural producer, radio broadcaster, Aneth Silva was born in Luanda, Angola. She graduated from Angel Vianna Faculty of Dance in Rio de Janeiro. She danced in the performances _Roda_, _Aquarela do Brasil_, and _Ocupar o Corpo_ at Centro de Movimento Deborah Colker. She is part of the Palasa Dance Company along with Miguel Carlos, and she directs the Kijingu Dance Platform.

###### Miguel Carlos
##### Founder, choreographer and artistic director of the Palasa Dance Company, Miguel Carlos was born in Luanda, Angola. He studied at Tshwane University of Technology in Pretoria, South Africa. He works at Casa das Artes, in Talatona, Luanda. _Banana com Ginguba_, still on tour, is one of his latest creations.

###### You can watch the Collection's fifth talk [here](https://youtu.be/h0n0ehyv2cI), with English subtitles.

A Collection for Tomorrow ● Atlantic Axis ⏤ with Aneth Silva & Miguel Carlos

Artistas convidados(as)

Uma Coleção para Amanhã ● Eixo Atlântico ⏤ conversa com Aneth Silva & Miguel Carlos

Chegada à sua 3ª edição, a série _Uma Coleção para Amanhã – Eixo Atlântico_ traz-nos conversas com criadores(as) de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Depois de António Tavares, Bibiana Figueiredo e Luciény Kaabral & Nuno Barreto, é a vez de Cristina Peres ir ao encontro de Mano Preto, bailarino e coreógrafo cabo-verdiano que fundou a companhia de dança Raiz di Polon.

José Emanuel do Rosário Gonçalves Brandão, nome artístico Mano Preto, nasceu na Ilha do Fogo, Cabo Verde. Bailarino, coreógrafo, produtor, diretor artístico e co-fundador da Companhia de Dança "Raiz di Polon", em 1991, teve mão em todas as áreas do desenvolvimento da dança contemporânea no arquipélago ao longo das últimas décadas, desde a formação à promoção de digressões por todo o mundo.


###### Podes assistir à quarta conversa da Coleção [aqui](https://www.youtube.com/watch?v=Z1BxwurZE3s&ab_channel=Est%C3%BAdiosVictorC%C3%B3rdon), com legendas em inglês.



##### Now in its third edition, the series _A Collection for Tomorrow - Atlantic Axis_ features conversations with artists from Angola, Cape Verde and São Tomé e Príncipe. After António Tavares, Bibiana Figueiredo and Luciény Kaabral & Nuno Barreto, it's time for Cristina Peres to interview Mano Preto, a Cape Verdean dancer and choreographer and the founder of the Raiz di Polon dance company.

##### José Emanuel do Rosário Gonçalves Brandão, stage name Mano Preto, was born in Fogo Island, Cape Verde. Dancer, choreographer, producer, artistic director and co-founder of the "Raiz di Polon" Dance Company in 1991, he has had a hand in the development of contemporary dance in all its areas in the archipelago over the last few decades, from training to promoting tours around the world.

###### You can watch the Collection's fourth talk [here](https://www.youtube.com/watch?v=Z1BxwurZE3s&ab_channel=Est%C3%BAdiosVictorC%C3%B3rdon), with English subtitles.

A COLLECTION FOR TOMORROW ⏤ ATLANTIC AXIS with Mano Preto

Revisão da tradução e legendagem

Uma Coleção para Amanhã ● Eixo Atlântico ⏤ conversa com Mano Preto

Depois da estreia no Teatro Nacional São João e da passagem por Aveiro, o programa _Território VII_, dedicado a jovens bailarinos(as) entre os 14 e os 18 anos,  sobe ao palco do Teatro José Lúcio da Silva já no próximo sábado, dia 237 de julho. 

Os doze bailarinos e bailarinas que integram a edição deste ano irão interpretar KAASH (excerto), de Akram Khan, e BETWEEN OUTSIDE AND ME, de Jermaine Spivey. O espetáculo conta também com "Rebento", um filme de João Sanchez, vencedor do prémio Território | Estúdios Victor Córdon na categoria de Melhor Realizador Português do InShadow – Lisbon ScreenDance Festival 2023. É um programa a não perder!

###### Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)
- 27 JUL . 21H30

>>>> bilhetes [aqui](https://www.teatrojlsilva.pt/evento/territorio-vii/).

###### OUTRAS DATAS
- 31 JUL e 1 AGO . 22H00 . Millennium Festival ao Largo (Lisboa)

###### Sobre KAASH, de Akram Khan
##### Estreia mundial: 28 de março de 2002 na Maison des Arts de Créteil (França)
##### Akram Khan juntou-se ao artista visual Anish Kapoor e ao compositor Nitin Sawhney para explorar elementos do deus hindu Shiva, a sua violência cósmica, a sua natureza meditativa e o eterno ciclo de criação e destruição que inicia. Criaram _Kaash_, que em hindi significa "se ao menos", com base num diálogo fluido e poderoso entre os mundos da dança contemporânea e o kathak, a dança clássica indiana. Criaram múltiplos universos a partir de infinitas possibilidades, entre buracos negros e ciclos temporais indianos, física teórica e mitologia hindu.

###### Sobre BETWEEN OUTSIDE AND ME, de Jermaine Spivey
##### BETWEEN OUTSIDE AND ME é uma peça que exige destes(as) jovens bailarinos(as) que saiam das suas zonas de conforto, mental e fisicamente. Cada um(a) deles(as) deve completar múltiplas tarefas sem descanso. Devem ver-se e responder-se uns aos outros, respirar juntos, estar no ritmo não apenas da música e das contagens, mas ainda da sua ação coletiva. A coreografia exige precisão e exatidão, e esta exatidão é intencionalmente dificultada pelo facto de o tempo ser desconfortavelmente rápido ou lento.
Fiz o meu melhor para criar uma obra para eles e elas que estivesse sempre imediatamente fora daquilo com o qual estão confortáveis, pois acredito que esta é uma competência importante a desenvolver para se tornar um(a) bailarino(a) e um(a) artista profissionais de excelência.

###### Sobre "Rebento", de João Sanchez
##### Rebento é um filme sobre repetição. Rebento é um ensaio sobre um ensaio. Rebento é uma pintura que ainda está fresca. Rebento é um ensaio sobre um ensaio. Rebento é uma pintura que ainda está fresca. Rebento é um filme sobre repetição. Rebento é um filme sobre repetição. Rebento é um filme sobre repetição.


After the premiere at Teatro Nacional São João and the performance in Teatro Aveirense, in Aveiro, the “Territory VII” program, aimed at young dancers between the ages of 14 and 18, will be presented in Leiria next saturday, the 27th of July.

The twelve dancers involved in this year's edition will perform KAASH (excerpt), by Akram Khan, and BETWEEN OUTSIDE AND ME, by Jermaine Spivey. The show also features “Rebento”, a short film by João Sanchez, winner of the Território | Estúdios Victor Córdon award for Best Portuguese Director at InShadow - Lisbon ScreenDance Festival 2023.

###### Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) 
- JULY  27 . 9.30pm . 

###### OTHER PERFORMANCES . TOUR
- JULY 31 and AUG 1 . 10pm . Millennium Festival ao Largo (Lisboa)

###### About KAASH, by Akram Khan
##### World premiere: 28 March 2002, Maison des Arts, Créteil (France)
##### Akram Khan teamed up with visual artist Anish Kapoor and composer Nitin Sawhney to explore aspects of the Hindu God Shiva, his cosmic violence, his meditative nature, and the eternal cycle of creation and destruction he initiates. They created _Kaash_, which in Hindi means ‘if only’, drawing on a fluid and powerful dialogue between the worlds of contemporary dance and the Indian classical dance form kathak. They created multiple universes from infinite possibilities, between black holes and Indian time cycles, theoretical physics and Hindu mythology.

###### About BETWEEN OUTSIDE AND ME, by Jermaine Spivey
##### BETWEEN OUTSIDE AND ME is a piece that requires these young dancers to push beyond their comfort zones mentally and physically. Each one of them is responsible for completing multiple tasks unrelentlessly. They must see each other and respond to each other, breathe together, be in the rhythm of not just the music and the counts, but also of their collective action. The choreography requires precision and accuracy, and that accuracy is intentionally put into conflict because of the tempo being either uncomfortably fast or slow.
I have tried my best to create a work for them that is always just outside of what they are comfortable with, because I believe this is an important skill to practice in order to become an excellent professional dancer and artist.

###### About "Rebento", by João Sanchez
##### Rebento is a movie about repetition. Rebento is an essay about an essay. Rebento is a painting that’s still wet. Rebento is an essay about an essay. Rebento is a painting that’s still wet. Rebento is a movie about repetition. Rebento is a movie about repetition. Rebento is a movie about repetition.


Agenda