Estreia
5 – 8 OUT 2023
Teatro Nacional São João, Porto
Digressão
2023
Casa das Artes de Famalicão, Vila Nova de Famalicão
Kinani – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, Maputo
Teatro Aveirense, Aveiro
Teatro Viriato, Viseu
2024
CCVF, Guimarães
Centro de Artes de Ovar, Ovar
TAGV, Coimbra
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
Teatro Nacional São Carlos, Lisboa
- Info
Fruto de uma parceria entre os Estúdios Victor Córdon e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo, "Bantu" é a nova criação de Victor Hugo Pontes e junta intérpretes portugueses e moçambicanos.
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Na origem de Bantu está um convite endereçado a Victor Hugo Pontes pelos Estúdios Victor Córdon e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo, para o desenvolvimento de uma nova criação de dança com intérpretes moçambicanos e portugueses.
Os Estúdios Victor Córdon e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo decidiram desenvolver uma parceria para uma programação conjunta ao longo de três temporadas, a qual resulta de uma vontade de criar pontes entre os dois países e possibilitar a circulação e internacionalização da dança. Fruto desta parceria, Bantu nasce com o objetivo de cruzar culturas e aproximar os dois países, permitindo a formação, circulação e internacionalização dos intérpretes.
Quanto ao título do programa, Bantu designa uma família de línguas faladas na África subsariana. Em Moçambique ouvem-se várias línguas bantu; a predominante é a macua. Mas Bantu designa mais do que uma ocorrência linguística. Pode ser também: uma linguagem própria que sobreviveu às línguas europeias entretanto impostas; um mecanismo identitário; um sistema corporal «falado» por africanos; um signo que permaneceu vedado ao colonizador; uma forma de comunicação com códigos culturais, históricos, religiosos e políticos próprios; uma materialização efémera do mais longo encontro. Bantu, o título, acolhe tudo o que queremos ou imaginamos que Bantu, o espetáculo, seja. Da língua que falamos vê-se o mundo: talvez fosse mais ou menos esta a ideia de Pessoa quando escreveu a célebre e mal compreendida frase sobre a língua portuguesa. Em Bantu, Victor Hugo Pontes vai percorrer o caminho que conduz ao encontro com uma língua que provavelmente estará até despida de palavras. Sabemos que quando se fala com o corpo se usa uma linguagem universal e que é esta a linguagem da dança.
Acontece que, das diferentes geografias que ocupamos – num país ou num palco –, temos diferentes perspetivas do mesmo mundo, e assim nunca poderemos falar a mesma língua, nem ver as mesmas coisas, nem chegar aos mesmos lugares. Bantu é um caminho por traçar. E o percurso será feito entre dois continentes, entre dois países com afinidades complexas e memórias profundas um do outro.
O ponto de encontro será uma surpresa.
Conceito e desenvolvimento
Estúdios Victor Córdon e Camões – Centro Cultural Português em Maputo
Direção Artística
Victor Hugo Pontes
Interpretação
Dinis Abudo Quilavei, Dinis Duarte, João Costa, José Jalane, Maria Emília Ferreira, Marta Cardoso, Osvaldo Passirivo
Cenografia
F. Ribeiro
Música
Throes & The Shine
Direção técnica e desenho de luz
Wilma Moutinho
Desenho e operação de som
João Monteiro
Figurinos
Cristina Cunha e Victor Hugo Pontes
Assistente de direção
Cátia Esteves
Consultoria artística
Madalena Alfaia
Direção de produção
Joana Ventura
Produção executiva
Mariana Lourenço
Assistência de produção
Inês Guedes Pereira
Estágio como intérprete na criação
Francisco Freire
Produção
Nome Próprio
Parceiro institucional dos EVC
Camões, I.P.
Co-produção
A Oficina, Casa das Artes de Famalicão, Camões – Centro Cultural Português em Maputo, Estúdios Victor Córdon, Nome Próprio, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Nacional São João
Apoio à residência
A Oficina, CRL – Central Elétrica, Estúdios Victor Córdon, Teatro Municipal do Porto
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