Em cada edição do programa ITINERÁRIOS os EVC têm vindo a convidar uma artista da fotografia para produzir retratos das/os artistas da dança de Moçambique em residência artística em Portugal. Assim, em 2021, o olhar de Tamara Seilman cruzou-se com os olhares de Oswaldo Passirivo, Mai-Júli Machado e Yuck Miranda, e em 2022 a fotógrafa Ágata Xavier olhou de perto Francisca Mirine, Leia Mabasso e Vasco Sitoe. Por fim, este ano foi a vez de Marta Pinto Machado mergulhar nos universos de Amélia Socovinho, Carolina Manuel e Diogo Igor Amaral.
O resultado destes encontros entre as fotógrafas de origens diversas, com as suas práticas individuais, e estas/es nove artistas permite-nos, além de recordar a sua passagem pelos estúdios onde trabalharam, inscrevê-las no presente das danças contemporâneas, em Portugal, através de novas obras fotográficas. No espaço entre o instantâneo e o programado das imagens, foram-se acumulando vários gestos e expressões – uns atrás e outros à frente das câmaras de Seilman, Xavier e Pinto Machado.
O dispositivo de áudio Danças Imaginadas apresenta-nos partituras de danças imaginadas por algumas/uns das/os nove artistas – umas resgatadas da memória dos processos de trabalho no ITINERÁRIOS e outras que nunca chegaram a ganhar forma física – e que são aqui transmitidas através das suas vozes, na primeira pessoa.
Pode ouvir Danças Imaginadas AQUI.
Ágata Xavier
Lisboa, 1982. Estudou Comunicação Social e História da Arte. Trabalhou em diversas publicações, tais como Jornal i, Time Out Lisboa e Sábado (GPS). Trabalha pontualmente como freelancer, em texto e fotografia, com o Público, Revista Observador Lifestyle, Monocle, Der Spiegel, Open Society Foundations, SoloTrvlr, FEIRA FEITA, Dom Quixote, entre outros. Fez parte da equipa fundadora d’A Pequena Galeria, um espaço de exposição e divulgação de fotografia, em Lisboa. Em 2014, foi uma das premiadas do Estação Imagem Mora com o 2º lugar na categoria “Ambiente” pela série INVENTÁRIO.
Marta Pinto Machado
Guimarães, 1988. É doutoranda em História pela NOVA-FCSH. O seu trabalho fotográfico analisa as ambiguidades da História e a sua relação com as narrativas ditas oficiais do mundo ocidental, centrando-se nas temáticas do colonialismo, identidade e território. O seu trabalho tem sido referenciado em diversos jornais importantes por autores como Filipa Lowndes Vicente e Djaimilia Pereira de Almeida.
Tamara Seilman
Nantes, 1990. Fotógrafa e videasta franco-srilankesa. No seu trabalho de fotografia utiliza exclusivamente o analógico. Seja no corpo de um bailarino ou nas dobras de uma peça de roupa, é sempre o desejo de contar uma história que está na origem das suas imagens. Em dança, tem colaborado com coreógrafos como Madeleine Fournier, Nathan Arnaud e Tidiani N'Diaye. Em Lisboa, tem desenvolvido trabalho em parceria com a Fundação Aga Khan.
Entrada livre