Mais conhecida como coreógrafa, e desenvolvendo trabalho enquanto criadora há mais de vinte anos, Tânia Carvalho expande também o seu talento para outras áreas artísticas, tais como a música, o desenho e o cinema, tanto em Portugal como no estrangeiro.
No universo coreográfico, Tânia Carvalho tem um portfolio admirável, onde são de destacar criações para companhias como o Ballet de l’Opéra de Lyon (Xylographie), a Company of Elders, em Londres (I Walk, You Sing), a Companhia Nacional de Bailado (S), a Companhia Paulo Ribeiro (Como é que eu vou fazer isto?), a Companhia de Ballet do Norte (3), a companhia Dançando com a Diferença (Doesdicon), o Ballet National de Marseille (one of four periods in time - ellipsis), entre outras.
Dos seus projetos musicais destacam-se Madmud, Idiolecto e dubloc barulin. Em 2018, realizou o seu primeiro filme, intitulado Um Saco e uma Pedra – Uma peça de dança para ecrã. Em 2021, formou, com o músico e performer Matthieu Ehrlacher, o duo Papillons d’éternité. Desde então, este duo criou e apresentou Pieris Napi, Greta Oto e Lyropteryx Appollonia.
Tânia Carvalho foi galardoada com o Prémio Jovens Criadores 2000, com a peça Inicialmente Previsto (1999) e duas vezes com o Prémio Melhor Coreografia pela Sociedade Portuguesa de Autores, com Icosahedron (2012) e Onironauta (2021). No âmbito do programa da Temporada Cruzada Portugal-França 2022, o Théâtre de la Ville, em Paris, dedicou uma secção da sua programação ao trabalho de Tânia Carvalho, apresentando vários dos seus espetáculos ao longo do ano.
Em 2019, foi distinguida com o título de Cidadã de Mérito pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e, em 2023, condecorada pelo Ministério da Cultura de França com as insígnias "Chevalier de L’ordre des Arts et des Lettres", valorizando o seu contributo para o enriquecimento cultural no país.