Marlene Monteiro Freitas (Cabo Verde, 1979) estudou dança na P.A.R.T.S (Bruxelas), na ESD e Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa).
Trabalhou com coreógrafos como Loïc Touzé, Emmanuelle Huynh, Tânia Carvalho e Boris Charmatz. Entre outras, as suas criações incluem Canine Jaunâtre 3 (2024), LULU (2023), RI TE (2022, com Israel Galván), ÔSS (2022), a performance Idiota e a exposição X AND (2022, em torno da pintura de Alex da Silva), Pierrot Lunaire (2021), Mal — Embriaguez Divina (2020), a instalação Cattivo (2019), Canine Jaunâtre 3 (2018), Bacantes — Prelúdio para uma Purga (2017), Jaguar (2015), De Marfim e Carne — Estátuas Também Sofrem (2014), Paraíso — Colecção Privada (2012), (M)imosa (2011, com Trajal Harrell, François Chaignaud e Cecilia Bengolea), Guintche (2010), A Seriedade do Animal (2009), Uns e Outros (2008), A Improbabilidade da Certeza (2006), Larvar (2006) e Primeira Impressão (2005). NÔT é a sua mais recente criação para o Festival d’Avignon. O denominador comum destas obras é a abertura, o hibridismo, a impureza e a intensidade.
Em 2015, em Lisboa, cofundou a estrutura P.OR.K, que tem produzido, desde então, o seu trabalho. Em 2017, Jaguar recebeu o prémio SPA de coreografia e o governo de Cabo Verde distinguiu as suas realizações culturais. Em 2018, foi premiada com um Leão de Prata na Bienal de Dança de Veneza; em 2020, Bacantes recebeu o Premi de la Critica d'Arts Escèniques de Barcelona para Melhor Performance Internacional; e, em 2022, recebeu os prémios CHANEL Next e Evens Arts. Desde 2020, é cocuradora de (un)common ground, um projeto sobre a inscrição artística e cultural do conflito israelo-palestiniano.
Fotografia
© Peter Hönnemann