Coreógrafo e Diretor de LA VERONAL
Tendo desenvolvido a sua formação entre Barcelona e Nova Iorque, Marcos Morau estudou fotografia, movimento e teatro. Criador de mundos e paisagens imaginárias onde o movimento e a imagem se encontram e se contaminam mutuamente, o seu conhecimento artístico não se limita à dança, mas estende-se a outras disciplinas, tais como fotografia e dramaturgia. Tendo obtido a nota máxima no seu projeto final de licenciatura e um importante prémio de criação no Institut del Teatre de Barcelona, concluíu um Mestrado em Teoria da Dramaturgia entre a UAB, a Universidad Pompeu Fabra e o Institut del Teatre.
Dirige há mais de dez anos a companhia La Veronal e, nesse contexto, acumula funções de diretor, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e desenhador de luz. Até hoje, viajou bastante pelo mundo para apresentar as suas peças em festivais, teatros e outros contextos internacionais, como o Théâtre National de Chaillot, em Paris, a Biennale di Venezia, o Festival d'Avignon, Tanz Im August, em Berlim, o RomaEuropa Festival, o SIDance Festival, em Seul, ou o Teatro Sadler's Wells, em Londres, entre muitos outros.
Além do trabalho com La Veronal, Marcos Morau tem sido convidado por várias companhias e teatros para desenvolver novas criações, as quais combinam artes cénicas e dança, com um enfoque especial na dimensão dramatúrgica.
Tendo sido o mais jovem vencedor do Premio Nacional de Danza (Espanha), a sua linguagem é um legado do movimento abstrato e do teatro físico, misturados numa amálgama surrealista e sombria. Uma linguagem corporal poderosa baseada na aniquilação de qualquer lógica orgânica, dissecando o movimento e transformando-o numa identidade única.
De entre os vários gestos de reconhecimento que já recebeu, o coreógrafo ganhou o prémio FAD Sebastià Gasch, atribuído pela Fundação FAD de Artes e Design, e o prémio TimeOut para melhor criador.
Marcos Morau junta o seu trabalho artístico ao ensino, dando aulas e workshops sobre processos criativos e novas dramaturgias em conservatórios, ciclos e universidades, tais como o Institut del Teatre, em Barcelona, a Universidade das Artes de Estrasburgo, ou a Sorbonne Nouvelle, em Paris.
No futuro de Morau está o desenvolver de novos formatos e o contacto com outras linguagens, onde a ópera, a dança e o teatro físico dialogam mais do que nunca, procurando novas formas de expressão e comunicação no nosso presente, sempre convulsivo e em mudança.
O seu trabalho é apoiado por grandes teatros e festivais internacionais, como o Festival de Avignon, Sadler's Wells, Roma Europa, Tanz imAugust, entre muitos outros. Foi coreógrafo convidado em muitas companhias de referência internacional, como NDT, Les Grands Ballets Canadiens, Göteborgs Operans Danskompani, entre outras. Fez também trabalhos para o Scapino Ballet, em Rotterdam.
As suas últimas peças para La Veronal – Opening Night (2021), _Sonoma _(2020) e Pasionaria (2018) – refletem os seres humanos de hoje em dia perante os seus medos, questionando o mundo e o seu destino.
Na temporada 2022 dos EVC, Marcos Morau integrou o programa Território V com a remontagem da sua criação Valse.