Coreógrafa e dramaturga portuguesa residente em Lisboa. Lígia Soares estudou dança, mas desde 1999 o seu trabalho transita entre as disciplinas da dança, do teatro e da performance.
O seu trabalho tem sido apresentado nacional e internacionalmente (Portugal, Brasil, Alemanha, França, Noruega, Holanda, Bélgica, Sérvia, Croácia, entre outros). Entre 2001 e 2014, foi diretora artística da estrutura de criação Máquina Agradável. Desenvolveu também vários contextos de programação com outros artistas, como Demimonde e Face-a-Face (Programa Luso-Brasileiro de Artes Performativas).
Na sequência de trabalhos como Romance (2015), O Ato da Primavera (2017), Turning Backs (2016) e Jogo de Lençóis (2019), prossegue uma pesquisa em dispositivos cénicos inclusivos da presença do espectador como elemento constituinte da dramaturgia do espetáculo, incorporando ou substituindo o próprio papel de performer. Entre várias parcerias artísticas, destaca as suas criações com Miguel Castro Caldas, Sabotage e Se Eu Vivesse Tu Morrias; Paula Diogo, O Palácio; Rita Vilhena, The Lung e Turning Backs; Sónia Baptista, Memorial; Rafaela Santos e Amarelo Silvestre, Desempenho; e Sara Duarte e Teatro Meia Volta, Professar. É mentora em diversos programas de escrita para cena e colabora regularmente como dramaturga em projetos de dança e teatro, tendo escrito para companhias como Cem Palcos e Escola de Mulheres. As peças Romance, Cinderela, Civilização, Memorial e A Minha Vitória Como Ginasta de Alta Competição estão editadas pela Douda Correria. Recebeu a bolsa de criação artística e literária da DGLAB em 2020.
Fotografia
© Estelle Valente