Como ponto de partida e inspiração desta nova criação da CiM, surge a forte poesia cantada por José Mário Branco, na música A Noite, onde levanta questões de fundo, de um estado de alma, que para conseguir responder é preciso humanamente entrar num ponto comum, onde a agitação e a instabilidade produzem uma mudança.
Nesta nova criação, pretende-se repensar as posições de cada intérprete, alterar as narrativas e emancipar o choque e o confronto consigo e com todos. A revolução humana é, no seu sentido mais capital, o primeiro elemento catalisador de uma mudança, capaz de incitar reações e conjunturas altamente refletoras do comportamento humano e coletivo. A natureza de cada um de nós, impregna na sociedade um sentimento de transição.
Rh, título provisório da peça que evoca momentos de reação humana, procura o espaço etéreo da causalidade, onde a mudança é determinada no positivo vs. negativo, a causa e o efeito, o ser molecular e o ser coletivo. Rh está ao alcance de qualquer pessoa, procura uma ordem natural nos eventos, mesmo quando estoirados de Rh – revolução humana.