No conto Meu tio o Iauaretê, Guimarães Rosa convida-nos a navegar numa narrativa onde um homem, em isolamento, ao receber a visita de um forasteiro e sentir-se ameaçado, se transmuta em onça, devorando o visitante. É sobre uma natureza forte, primitiva, furiosa, selvagem, implacável, vingativa, encantada.
Neste estudo performativo, Francisco e Francisca investigam gestos inacabados, modulações tónicas e ativações da presença dentro de uma ficção onde habitamos uma floresta de seres mágicos que são onça, que são gente, que são onça, que são gente. Nesse espaço de imaginação, onde público e performers estão muito perto, morreremos ao som de cigarras.
Ficha técnica