O projeto propõe-se investigar, através de casos específicos do contexto histórico-cultural e geopolítico português, modos de relação humana para com os territórios em que habita, seja ele uma cidade, um vilarejo, uma floresta, uma paisagem ou o próprio corpo. Algumas perguntas principais guiam esta pesquisa: O que pisamos para viver como vivemos? O que está se extinguindo, presentemente, sob as pegadas humanas? Como os corpos, humanos e não humanos, se sustentam, habitam, ocupam espaços? Que histórias percorrem os corpos/ que corpos percorrem a história? Onde nos situamos no contexto da história colonial? Em que medida, podemos fabular/dançar histórias heterotópicas, a partir de rastros singulares que cruzam as narrativas e políticas “oficiais” impressas no território português? Por fabular, entende-se aqui remexer nos fios das histórias e com eles tecer outras teias, outras perspectivas. Pensando com W. Benjamin, a fabulação nasce da experiência, com a necessidade de contar o vivido, de partilhar a intensidade do momento, de ler o acontecido e editá-lo, de versar o real, de dar verso ao reverso.
- Estúdios Victor Córdon
02 janeiro 2024 — 19 janeiro 2024
- Residências Artísticas 2023
- Info
O coletivo de artistas Ana Trincão, Andresa Soares, Elisabete Francisca, Joana Levi, Julia Salem e Tiago Gandra estão nos EVC para o desenvolvimento do novo projeto "O que pisamos".