Mawaru, Um Corpo Fascinado Flutua sem Pensamento é uma peça que mergulha na teoria do caos, explorando o conceito do "efeito borboleta" e sua influência nas interações humanas. Ela é uma das leis mais importantes do Universo, invisível aos nossos olhos, mas presente na matriz de praticamente tudo o que nos rodeia. A peça revela, tal como na teoria, que a mais pequena das mudanças pode desencadear eventos imprevisíveis e transformar o curso de eventos de maneira monumental.
Através de movimentos circulares que ecoam a sutileza das asas de uma borboleta, investiga-se a sensibilidade às condições iniciais, permitindo que o fluxo do movimento nos conduza a destinos desconhecidos. Cada frase coreográfica, inicialmente simples, evolui em direções inesperadas, refletindo a imprevisibilidade inerente à vida. Mawaru explora as relações humanas, mostrando como os encontros e desencontros moldam o nosso destino, como se de um cálculo matemático se tratasse, em que a mais ligeira mudança nos surpreende com um resultado diferente.
Inspirada pela poesia dos haikus japoneses, a peça convida o público a explorar um leque infinito de possibilidades interpretativas. Como a flutuação de fatores que impedem a previsibilidade, as relações entre os personagens são influenciadas por uma miríade de fatores, cada um contribuindo para um padrão único e imprevisível. À medida que se desafia as fronteiras das interpretações, a dramaturgia de "Mawaru" segue o mesmo princípio do caos determinístico, oferecendo ao público o poder de moldar sua própria experiência. Como o universo que nos cerca, "Mawaru" é uma reflexão física sobre a imprevisibilidade da vida e a beleza encontrada nas infinitas possibilidades da dança.
Ficha Técnica