É do desconhecimento quase generalizado o facto de que o Fado foi dançado durante quase metade da sua existência. Na Lisboa oitocentista, esta dança com forte expressão social denominava-se “Fado Batido”, nome que advém do ato de sapatear, de bater com o pé no chão ao som do fado.
Maçã de Adão assume-se desta forma como um forte contributo para a reconstrução de um episódio da nossa história que padece de um apagão da memória coletiva. Estará o fado triste dos nossos dias, que é tão distante do fado boémio oitocentista, a chorar a saudade da sua dança?
Este é um projeto que tem o potencial de re-acordar e trazer de novo à luz uma das peças que compõem o puzzle tão rico e complexo da nossa identidade portuguesa. Contando com a edição de um álbum composto inteiramente por Jonas com temáticas que reacendem o Fado dançado, de Maçã de Adão faz também parte um espectáculo ao vivo, a ser apresentado em digressão, com quatro músicos, dois bailarinos e o próprio fadista. O concerto levará o público a revisitar as origens do Fado com olhar posto na contemporaneidade que caracteriza a carreira de Jonas.
Ficha artística e técnica