Divã
Quando pinto tento fazer o mesmo que quando toco ou componho música. Criar um espaço onde não tenha responsabilidades perante a sociedade. Um espaço onde possa refletir sobre o mundo ou nem por isso. Um estado de entrega. Um descanso. — João Galante
cérebro, olhos, mãos e papel
Que capacidade é essa do corpo que transporta o que observamos e o encerra numa folha de papel? Falo do corpo a transmutar-se em desenho, numa fusão intrincada entre olhos, mãos e papel. É como o desenvolvimento de um músculo mental que de forma misteriosa se prolonga pelo braço, chega à mão e percorre o papel. Transforma-se em movimento e dinâmica. Há pessoas das artes performativas que desenham mesmo antes de usarem o corpo como instrumento. Luís Guerra, João Galante e Elizabete Francisca são algumas dessas pessoas. Estas exposições revelam três formas diferentes de usar a musculatura mental, cada uma com a sua identidade e beleza. O desenho é um ato físico que requer tempo, memória, foco, prática, vontade, resistência e liberdade. É como dança. ― Carlota Lagido
INAUGURAÇÃO