A rapariga que usava saias nos dias de vento — Carolina Batalha

Agenda
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  • Estúdios Victor Córdon
  • 12 maio 2025 — 14 maio 2025

    19 maio 2025 — 21 maio 2025

  • Primeiro Ciclo — 2025
  • Info
Carolina Batalha está em residência nos EVC a desenvolver a peça "A rapariga que usava saias nos dias de vento".

No palco, uma cadeira e, em cima, montada a ânsia de um voo de quem nunca volta. Esse corpo, um selo na alma de alguém que vive sempre o primeiro amor. O movimento espelha como tudo é vivido da perspetiva inaugural. A primeira mulher que nasceu com dois corações. Um monstro com a alma tripartida, um tricéfalo. Veste-se de mar e as saias são aquilo que carrega de mais fútil no corpo. As feições mímicas da intérprete manifestam uma vida de dissabores, encenam o significado de um cru travo a pimenta. Na arena, a encarnação de um novo deus e do velho diabo. A loucura personificada num corpo de mulher, de uma menina de areia, que corporaliza como é desmontar-se para salvar a casa que ardeu no mundo que ninguém vive. Um retrato vivo do solitariamente muito para todos: o dia do seu nascimento foi o dia da morte das coisas simples. Uma peça na tentativa de justificar uma existência marcada pela lenda da mulher que nunca pode ser, e isso diz tudo, não? Sim. Esta é a rapariga que usa saias nos dias de vento.

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