Siobhan Davies

Artistas

Londres, Reino Unido, 1950.

Siobhan Davies é bailarina, coreógrafa e realizadora. Dedica-se à coleção de imagens, ao desenho, à escrita e à comunicação como extensões da dança e da coreografia.

Em 1967, Siobhan Davies começa a ter aulas com o Contemporary Dance Group, que em breve se tornaria no London Contemporary Dance Theatre. Em 1969, já atuava com a companhia e, em 1972, coreografava para a mesma. Em 1974, foi nomeada Coreógrafa Associada e, em 1983, Coreógrafa Residente. Paralelamente à sua colaboração com o LCDT, Davies trabalhou como bailarina com Richard Alston and Dancers e como directora artística da Siobhan Davies and Dancers, que fundou em 1981. No ano seguinte, juntou-se a Richard Alston e Ian Spink para formar a Second Stride, uma das companhias independentes mais influentes da década de 1980 em Inglaterra. Como coreógrafa, a sua principal influência inicial foi o abstracionismo de Merce Cunningham, mas começou a desenvolver uma linguagem própria com Sphinx (1977), impedindo-se conscientemente de pensar no estilo, na técnica ou no significado. Também Plain Song (1981) foi um marco, peça em que construiu uma composição intrincada a partir das suas próprias frases de dança. Em 1987, Davies sai do LCDT e da Second Stride e ruma aos EUA com uma bolsa de estudos Fulbright Arts Fellowship, onde permanece por um ano. Ao regressar a Inglaterra, junta-se à Rambert Dance Company como coreógrafa associada (até 1992) e funda a Siobhan Davies Dance Company, em 1988. As peças White Man Sleeps e Wyoming, que fez com a SDDC, e Embarque, com a RDC, mostraram uma vitalidade renovada. Durante a década que se seguiu, Davies prosseguiu com a criação de um corpo de trabalho próprio e fundamental para a afirmação da dança experimental em Inglaterra. Bank (1997), _Wild Translations _(1995), _Wanting to Tell Stories _(1993), Different Trains (1990) e Make-Make (1992) foram peças em que explorou amplamente os seus recursos coreográficos. Durante este período ganhou uma série de prémios, viu o seu trabalho ser transmitido nos canais da televisão nacional, recebeu encomendas do English National Ballet e do The Royal Ballet para palcos de ópera, e da Artangel para a Atlantis Gallery, em Londres. De 2000 em diante, Davies afasta-se do palco para apresentar trabalho em estúdios, galerias e até num hangar de aviões, destacando-se Plants and Ghosts (2002), Bird Song (2004) e In Plain Clothes (2006). Também em 2006, inaugura os Siobhan Davies Studios, no sul de Londres, que se vêm a tornar um centro de dança partilhado com a Independent Dance e os Performing Arts Labs. Em 2007, dirige Two Quartets (2007), para teatro, após a qual dissolveu a sua companhia e abandonou por completo o modelo de produções de dança em digressão. Deste momento em diante, Davies desenvolve o seu trabalho coreográfico em torno de acções e movimentos banais e sem adornos, apresentando uma série de eventos colaborativos em galerias — _The Collection _(2009), ROTOR (2010), _Commissions _(2010), To hand, (2011), _Manual _(2013) e Table of Contents (2014) — em que explora as intersecções da coreografia com as artes visuais, o artesanato contemporâneo, o cinema, o som e a poesia. As suas obras foram apresentadas nas galerias Victoria Miro Gallery, ICA, Whitworth Gallery, Ikon Gallery, Museu de Arte Moderna de Glasgow, Turner Contemporary e Arnolfini. Em 2012, cria All This Can Happen com o realizador David Hinton, um filme composto inteiramente a partir de fotografias e imagens de arquivo, que se apresentou em festivais de cinema em Roterdão, Buenos Aires, Nova Iorque, São Francisco e Berlim, entre outros. Vem a repetir este gesto dez anos mais tarde com a realização de Transparent, um filme feito novamente em colaboração com David Hinton e com Hugo Glendinning.

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