Lander Patrick nasce no Brasil em 1989 e muda-se ainda durante esse ano para Portugal. Federou-se em voleibol para rematar a asma crónica, acabando por se formar em dança. Integrou a Escola de Dança do Conservatório Nacional, licenciou-se pela Escola Superior de Dança e formou-se na ArtEZ Hogeschool voor de kunsten. A atribuição do 1º prémio no Festival Koreografskih Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles Never Break When Boiled (2012) motivou-o a persistir na criação coreográfica. Tem vindo a colaborar com artistas como Luís Guerra, Tomaz Simatovic, Marlene Monteiro Freitas e Margarida Bettencourt.
Em 2010, na Escola Superior de Dança, conhece Jonas Lopes, dando os dois início a uma colaboração como cocriadores. O trabalho de Jonas&Lander é reconhecível no panorama da dança portuguesa como uma obra com forte assinatura de autor, com contornos singulares, explorando a fusão entre as distintas artes cénicas. O percurso da dupla conta já com um variado leque de peças de autor, como Cascas d’OvO (2013), Matilda Carlota (2014), Arrastão (2015), Adorabilis (2017), Lento e Largo (2019) e Coin Operated (2019). Com duas das suas peças, foram distinguidos como “Aerowaves Priority Company”, ganharam o 2º prémio na No Ballet — International Choreography Competition e foram nomeados pela SPA na categoria de Melhor Coreografia em 2019, com Lento e Largo. Em 2015, fundaram a Sinistra, uma casa de fados situada na vila de Sintra, cuja estrutura legal funciona atualmente como casa de produção para o trabalho autoral de Jonas&Lander. Integraram ainda a série documental da RTP2 Portugal que Dança (2017) e participaram no filme Body Buildings (2020). No mesmo ano, Jonas&Lander iniciaram o processo de criação de Bate Fado, estreado em 2021 e nomeado pelos jornais Público e Expresso como “Melhor Espetáculo de Dança de 2021”.
Fotografia:
© Jonas Lopes