Artista plástico
Após um percurso inicial ligado à dança contemporânea entre 1968 e 1976, chegando a integrar a companhia de Pina Bausch (1973-74) e criando com Jean Pomares The Moon Dance Company (1976), estudou na Chelsea School of Art (1976-81), em Londres, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, local onde fixou residência.
Começou por dedicar-se à pintura, mas, a partir dos anos 90, começou a trabalhar outros media, nomeadamente, filme, fotografia e instalação, construindo um corpus de trabalho em que a palavra e a imagem são estruturais.
Penalva é conhecido por fazer instalações em grande escala em vários suportes, bem como trabalhos mais íntimos com vídeo e projeção de slides, som, desenho, pintura e materiais que encontra. O seu trabalho aborda modos narrativos e as relações entre imagens, texto, linguagem e som. As suas narrativas são frequentemente fraturadas, apresentando elementos justapostos e permitindo ao espectador uma margem de liberdade na sua interpretação.
Foi escolhido para a residência artística DAAD Berlin em 2003. Em 1996, representou Portugal na bienal de São Paulo, e em 2001 na bienal de Veneza. Participou também na bienal de Berlim, 2001, e na bienal de Sidney, 2002. Em 2020, foi galardoado com o Prémio da Paul Hamlyn Foundation.
Apresentou o seu trabalho internacionalmente em muitos países. As exposições individuais incluem: CCB, Lisboa, 1998; Camden Arts Centre, Londres; Contemporary Art Centre, Vilnius; Tramway, Glasgow, 2000; The Power Plant, Toronto, 2003; Serralves, Porto, Ludwig Museum Budapest, 2005; Irish Museum of Modern Art, Dublin, 2006; Mead Gallery, Universidade de Warwick, 2007; Lunds Konsthall, Lund, Suécia, 2010; CAM, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2011; Trondheim Kunstmuseum, Noruega, 2014; MUDAM, Musée d'Art Moderne, Luxemburgo, 2018; Culturgest, Porto; Lumiar Cité, Lisboa, 2018.
Já as exposições coletivas foram inúmeras. Expôs, por exemplo, na Tate Modern, Haus der Kunst, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, MAAT, ou no Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Seúl.
O seu trabalho está representado em diversas coleções de arte pelo mundo, como, por exemplo: Arts Council England, Towner Museum of Contemporary Art, Fundação Serralves, Fundação Gulbenkian, Ludwig Museum Budapest, KIASMA Museum of Contemporary Art, Deutsche Bank, Western Bridge - The Bill and Ruth True Collection, entre outras.
João Penalva é representado pela Simon Lee Gallery (Londres / Hong Kong), pela Galerie Thomas Schulte (Berlim) e pela Galeria Filomena Soares (Lisboa).
João Penalva colabora no programa Jovens Compositores enquanto coordenador da vertente de artes visuais.