Cláudia Andrade nasceu em Lisboa, em Dezembro de 1975, no seio de uma família avessa às letras. Foi por isso uma sofrível aluna de ciências, tendo-se formado, na persecução do mal menor, em Educação Física.
Estudou música durante a infância, mas cedo compreendeu que o seu conciso palato afetivo consistia sobretudo em cães e livros, por esta ordem. Beckett, Kafka e outros poetas da aporia, foram os seus mentores. Escreveu desde muito cedo sob o olhar cético mas tolerante dos avós paternos, que a criaram, e a certeza inculcada de que publicar seria uma tarefa impossível deu-lhe a liberdade necessária para o fazer livre e intimamente – profecia auto-eliminada.
Sob a chancela da Elsinore desde 2019, tem nela publicados, à data, quatro livros: Quartos de Final, Caronte à Espera, Um Pouco de Cinza e Glória e O Santo Ilusionista. Entre algumas distinções literárias, foi finalista das Correntes d'Escritas 2022, vencedora do prémio SPA -Ficção Narrativa - em 2020 e do prémio Ferreira de Castro em 2017. Obteve, em 2021, uma bolsa de criação literária da DGLAB para apoio à obra O Santo Ilusionista.
Colaborou com a Suroeste - revista de literaturas ibéricas - a Revue Café e a revista Gerador.
Vive e escreve numa pequena aldeia do Ribatejo.